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Ministro oferece
vitória de prefeito ao presidente
DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Maior beneficiado da postura do presidente Lula na
eleição em Salvador, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) "ofereceu" a vitória ao petista, em
telefonema logo após a divulgação dos resultados.
"Ele é o grande vencedor",
afirmou o ministro, que tenta capitalizar politicamente a
aproximação com Lula, presidente com popularidade
recorde na Bahia.
O segundo turno entre
PMDB e PT na Bahia fez Lula
ficar fisicamente distante da
disputa -ele não gravou para
nenhum dos dois candidatos
nem subiu em palanque.
Mas nos bastidores até petistas reconhecem que a preferência do Planalto era pela
vitória do PMDB, partido
com o qual Lula pretende
compor a aliança para fazer o
seu sucessor em 2010. Pelo
apoio do PMDB, Lula fez
uma série de concessões nestas eleições, em detrimento
do próprio partido, o PT.
Ontem, João Henrique
afirmou que, por intermédio
de Geddel, pretende reforçar
a parceria com o governo federal, principalmente no que
diz respeito aos investimentos na capital.
Mal avaliado no início de
sua gestão, o peemedebista
reverteu os índices de rejeição usando um instrumento
que sempre acompanhou a
sua carreira. Em pouco mais
de três anos, gastou R$ 61,5
milhões em publicidade, praticamente o mesmo desembolsado pelo seu antecessor,
Antonio Imbassahy (PSDB),
em oito anos de administração (R$ 62,2 milhões).
Evangélico, João Henrique evoca sempre a religião.
Ontem, citou quatro vezes a
palavra Deus em dois minutos de entrevista, ao acompanhar Geddel na votação.
Ele diz que o livro predileto é a Bíblia, a música é religiosa ("Preciso de ti, Senhor"), a cidade que deseja
conhecer, Jerusalém. Em todos os debates, o prefeito
sempre começou e encerrou
o sua participação fazendo
um agradecimento a Deus.
No final dos anos 80, quando se elegeu vereador em
Salvador, João Henrique era
filiado ao extinto PFL e integrava o grupo político do senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007).
Até chegar à prefeitura pela primeira vez, em 2004, ele
foi deputado estadual em
duas legislaturas, ambas pelo
PDT. Em junho de 2007,
atendendo a convite de Geddel, migrou para o PMDB.
Antes, tentou ingressar no
PT, mas foi vetado pela cúpula do partido.
(LS E LF)
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