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PROPINODUTO
Réus devem ficar na cidade
STJ liberta 4 condenados por corrupção no Rio
FABIANA CIMIERI
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), ministro Nilson Naves, determinou ontem,
por intermédio de uma liminar, a
libertação dos empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta,
do advogado Herry Rosemberg e
do administrador Ronaldo Adler.
Os quatro foram condenados e
presos no escândalo conhecido
como "propinoduto" -suposto
esquema de corrupção de fiscais e
auditores do Rio.
O presidente do STJ condicionou a libertação à permanência
dos réus no município do Rio e à
entrega dos passaportes em juízo.
Apesar de o STJ ter decidido ontem pela libertação, os quatro devem ser soltos somente hoje, por
causa dos procedimentos burocráticos necessários para a expedição do alvará de soltura.
Empresários de vários jogadores de futebol, Pitta e Martins,
presos no presídio Ary Franco
(Água Santa, zona norte do Rio),
seriam os "doleiros" do suposto
esquema, acusados de enviar dinheiro ilegalmente para contas na
Suíça. Foram condenados a 11
anos de reclusão.
Adler e Rosemberg eram donos
da Coplac, representante no Rio
do UBP (Union Bancaire Privé),
banco suíço em que os fiscais
abriram as contas. Os valores
-hoje bloqueados- chegam a
US$ 41 milhões. A dupla foi condenada a nove anos e seis meses
de reclusão e está no Ponto Zero
(local onde ficam os presos federais com diploma de nível superior, em Benfica, zona norte).
Segundo Naves, o juiz da 3ª Vara Federal do Rio, Lafredo Lisboa,
não fundamentou as razões que o
levaram a decretar a prisão dos
quatro réus. O mesmo motivo foi
alegado pela defesa ao entrar com
habeas corpus no TRF (Tribunal
Regional Federal) no Rio.
No final de 2003, o habeas corpus foi negado, apesar do parecer
favorável da Procuradoria Regional. Na sentença, Lisboa determinou a prisão dos réus que estavam
em liberdade, condenando-os a
cumprir pena em regime fechado.
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