São Paulo, quinta, 28 de janeiro de 1999

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DÍVIDA PÚBLICA
"A prefeitura não está quebrada", afirma o pepebista, que tem R$ 3 bi em títulos vencendo até 1º de julho
Pitta admite atraso de R$ 250 milhões

da Sucursal de Brasília


O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), admitiu que está em atraso com o pagamento de uma dívida de R$ 250 milhões com o Banco do Brasil e disse que tem vencimentos de títulos de R$ 3 bilhões até o dia 1º de julho.
Pitta descartou a decretação de moratória e afirmou que espera negociar toda a dívida da prefeitura. "A situação de fato requer uma atenção especial, mas a prefeitura não está quebrada", afirmou.
Segundo ele, o governo municipal está pagando só os encargos do débito com o BB porque espera renegociar os R$ 250 milhões com os R$ 7,5 bilhões de dívida mobiliária (títulos em poder do mercado).
Pitta esteve ontem com a diretoria do BB para pedir prorrogação de prazo. A assessoria de imprensa do BB informou que o valor foi provisionado em dezembro. O banco toma a atitude quando prevê dificuldades no recebimento.
Segundo o prefeito, essa dívida venceu em 31 de dezembro e, por isso, não pode ser inscrita como crédito em liquidação. No dia 1º de março, vence pagamento de R$ 410 milhões com o Banespa. Pitta disse pretender rolar 95% do valor e pagar só R$ 20 milhões. Nos dias 1º de junho e 1º de julho vencem R$ 2,6 bilhões em débitos com o BB.
Pitta tenta articular pressão sobre a Fazenda para renegociar o total de R$ 7,75 bilhões.
Pitta disse que, se o governo federal não refinanciar esses débitos, a prefeitura pode atingir o teto legal de endividamento -R$ 13,4 bilhões-, o que impediria o município de receber empréstimos.



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