DA AGÊNCIA FOLHA

Adolescentes de 15 a 17 anos de Acauã, um dos dois municípios do Piauí escolhidos como modelo para implantação do Fome Zero, serão uma espécie de fiscais mirins das famílias beneficiadas para saber como elas estão gastando o dinheiro recebido do programa -R$ 50 por mês. É proibida a compra de cigarros, bebidas alcoólicas e refrigerantes.
O trabalho de fiscalização das 500 famílias atendidas será feito por 25 adolescentes da cidade, que recebem R$ 65 por mês do programa Agente Jovem, criado no governo FHC. A contrapartida exigida pelo programa é que eles permaneçam na escola e desenvolvam trabalhos comunitários.
Cada jovem irá fiscalizar 20 famílias, que devem ser visitadas de uma a duas vezes por mês. Ele vai fiscalizar se os beneficiados estão comprando alimentos adequados e dar orientações sobre alimentação, além de receber os recibos de comprovação de gastos.
Os agentes devem encaminhar relatório mensal ao Comitê Gestor do programa, que tem representantes do Estado, da prefeitura e da comunidade. Se alguma família comprar itens proibidos, corre o risco de ser cortada do programa em caso de reincidência. Os jovens também vão procurar encaminhar as famílias para outros programas. "Nosso objetivo é que eles sejam agentes motivadores. Eles podem, por exemplo, encaminhar adultos que não sabem ler ao Analfabetismo Zero", diz o assessor técnico do programa Solimar Lima.
Em Guaribas, a fiscalização será feita pelos 12 agentes de saúde do Programa de Saúde da Família. Depois de um tempo ainda não determinado, vai ser verificado qual experiência funciona melhor. (ALESSANDRA KORMANN)


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