|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Prefeituras dizem que acompanham beneficiados
DA FOLHA RIBEIRÃO
Dificuldade de diálogo entre
prefeituras e Estados, sistemas
de informação diversos e a
grande mobilidade das famílias
ajudam a explicar por que as capitais deixam de informar os
dados de educação e saúde, segundo a secretária nacional de
Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, Rosani Cunha.
Entre as prefeituras, parte
contesta os dados do ministério
ou alega que, apesar de informar parcialmente a União, elas
acompanham os beneficiados.
Algumas, como Maceió e Salvador, dizem que a baixa cobertura do Programa Saúde da Família dificulta o acompanhamento do cumprimento das exigências de saúde.
Em relação à freqüência escolar, diz Rosani Cunha, prefeituras tiveram entraves ao reunir dados de escolas estaduais.
A constante mudança de endereço das famílias ou a transferência de escolas sem aviso à
prefeitura explicam parte da
falta de dados, segundo as prefeituras de Maceió, Salvador,
São Paulo, Macapá e Porto Velho. Falhas na infra-estrutura
também foram citadas. "Temos
escolas ribeirinhas que não têm
telefone, que dirá internet para
o sistema", disse Alcides de Oliveira e Silva, chefe de departamento da Secretaria de Educação de Macapá.
A Prefeitura de Cuiabá contesta a informação de que enviou dados das contrapartidas
educacionais de apenas 45%
dos beneficiados e diz que só
5,28% não foram localizados.
A Prefeitura de Vitória afirma que o valor de 49% de informações enviadas relativas à
saúde é um dos maiores do país
e diz que um dos desafios para a
cidade é a complexidade do
acompanhamento.
Em Salvador, Marta Rocha,
coordenadora de Assistência e
Promoção à Saúde, diz que o
município tem dificuldades para achar os beneficiados e enfrenta "resistência das famílias
em informar os dados".
Em São Paulo, a prefeitura
disse que a transferência constante de crianças de escolas
prejudica o acompanhamento.
Em relação à saúde, área sobre a qual a cidade não envia
nenhuma informação, o coordenador de Gestão de Benefícios, Sérgio da Hora, disse que a
prefeitura tem um sistema próprio de informação, que só passará a dialogar com o da União a
partir de junho.
Texto Anterior: Escolas também podem enviar informações Próximo Texto: Senado atende aos grandes e muda Fundo Partidário Índice
|