São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

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Outro lado

Prefeituras dizem que acompanham beneficiados

DA FOLHA RIBEIRÃO

Dificuldade de diálogo entre prefeituras e Estados, sistemas de informação diversos e a grande mobilidade das famílias ajudam a explicar por que as capitais deixam de informar os dados de educação e saúde, segundo a secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, Rosani Cunha.
Entre as prefeituras, parte contesta os dados do ministério ou alega que, apesar de informar parcialmente a União, elas acompanham os beneficiados. Algumas, como Maceió e Salvador, dizem que a baixa cobertura do Programa Saúde da Família dificulta o acompanhamento do cumprimento das exigências de saúde.
Em relação à freqüência escolar, diz Rosani Cunha, prefeituras tiveram entraves ao reunir dados de escolas estaduais.
A constante mudança de endereço das famílias ou a transferência de escolas sem aviso à prefeitura explicam parte da falta de dados, segundo as prefeituras de Maceió, Salvador, São Paulo, Macapá e Porto Velho. Falhas na infra-estrutura também foram citadas. "Temos escolas ribeirinhas que não têm telefone, que dirá internet para o sistema", disse Alcides de Oliveira e Silva, chefe de departamento da Secretaria de Educação de Macapá.
A Prefeitura de Cuiabá contesta a informação de que enviou dados das contrapartidas educacionais de apenas 45% dos beneficiados e diz que só 5,28% não foram localizados.
A Prefeitura de Vitória afirma que o valor de 49% de informações enviadas relativas à saúde é um dos maiores do país e diz que um dos desafios para a cidade é a complexidade do acompanhamento.
Em Salvador, Marta Rocha, coordenadora de Assistência e Promoção à Saúde, diz que o município tem dificuldades para achar os beneficiados e enfrenta "resistência das famílias em informar os dados".
Em São Paulo, a prefeitura disse que a transferência constante de crianças de escolas prejudica o acompanhamento.
Em relação à saúde, área sobre a qual a cidade não envia nenhuma informação, o coordenador de Gestão de Benefícios, Sérgio da Hora, disse que a prefeitura tem um sistema próprio de informação, que só passará a dialogar com o da União a partir de junho.


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