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OUTRO LADO
Ação não beneficia instituto, diz ex-tesoureiro
DA REPORTAGEM LOCAL
César Augusto Massaro disse
na sexta-feira à noite à Folha que
não é "intermediário" da Fundep
(Fundação de Desenvolvimento
da Pesquisa, da UFMG), mas trabalha como consultor da entidade
"há algum tempo". Ele, porém,
não é empregado da instituição.
De acordo com Massaro, uma
de suas atribuições é dialogar com
as contratadas da Fundep. Massaro negou que sua atuação em
Guarulhos pudesse beneficiar de
alguma maneira o Instituto Florestan Fernandes, do qual é associado e foi tesoureiro até o mês
passado. "Não tem nada a ver."
O engenheiro negou que tenha
sugerido à secretária-adjunta da
Administração, Maria Isabel Fonseca, "inventar" algum serviço. "É
uma conversa informal, na qual
eu estava preparando a minuta
para ser encaminhada para a ação
deles; não tem essa conotação",
afirmou o engenheiro.
Massaro disse que se desligou
da Frontservices em janeiro deste
ano. Em outubro, quando a Fundep foi contratada pela prefeitura
e repassou parte do trabalho para
a empresa, ele ainda era sócio da
companhia.
O secretário da Administração
de Guarulhos, Valter Correia da
Silva, disse que está processando
o vereador Waldomiro Ramos
(PTN) pela divulgação de uma fita
irregular, segundo ele.
"As gravações não comprovam
absolutamente nada", disse Silva,
escolhido pela assessoria de imprensa da prefeitura para falar em
nome do governo. Silva disse que
a prefeitura "não mantém contratos com a Frontservices", mas
com a Fundep.
De acordo com o secretário, os
diálogos com Massaro se justificam porque ele seria o "interlocutor oficial da Fundep". Silva disse,
ainda, que "o relacionamento do
dia-a-dia é feito com o César
[Massaro]".
O secretário da Administração
da Prefeitura de Guarulhos afirmou não conhecer a relação entre
Massaro e o Instituto Florestan
Fernandes.
Ele afirmou também que, graças ao trabalho que é desenvolvido pela Fundep, em parceria com
a Frontservices, a prefeitura vem
economizando R$ 2 milhões por
ano em conta telefônica.
Em nota encaminhada à Folha,
o secretário afirma: "A decisão judicial demonstra que esse tipo de
atitude desesperada, que se presta
apenas à divulgação de inverdades, faz parte de um passado nebuloso que a cidade e o país fazem
questão de esquecer."
Ele referia-se ao fato de Waldomiro Ramos (PTN), o vereador
que faz as denúncias, ter sido acusado, em 1999, de forçar empresas
fornecedoras da Câmara a contratar pessoas indicadas por ele.
Ramos chegou a ser preso, por
uma semana, juntamente com
outros dois vereadores. Uma comissão processante foi aberta na
Câmara Municipal, na época, para tentar cassar seu mandato. Ele
foi absolvido e não foi denunciado à Justiça.
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