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Outras administrações do PT são acusadas de favorecer empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é a primeira vez que uma
prefeitura administrada pelo PT
sofre denúncias de favorecimento
a empresas ligadas ao partido. O
caso mais conhecido é da Prefeitura de Santo André. O Ministério
Público investiga se a Rotedali, do
empresário Ronan Maria Pinto,
foi favorecida na concorrência
para prestação de serviço de coleta de lixo na cidade. A empresa
também trabalhou para Catanduva e Botucatu.
João Francisco Daniel, irmão do
prefeito Celso Daniel, morto em
janeiro de 2002, acusou o dono da
Rotedali de fazer parte de um esquema de arrecadação de verbas
para o PT. Não há nenhuma condenação de Ronan ou da Rotedali.
Citado por diretores da GTech
como suposto beneficiário de um
contrato da Caixa Econômica Federal com a empresa, que seria intermediado pelo ex-assessor do
Planalto Waldomiro Diniz, Rogério Buratti é outro acusado por
opositores de ser beneficiado pelas prefeituras do PT. A Assessorarte, da qual foi sócio, trabalhou,
entre outras, para Araraquara,
Botucatu, Matão, Ribeirão Preto,
além de prefeituras que não são
administradas pelo partido.
Além disso, a Leão Leão, uma
das maiores contribuintes do ministro Antonio Palocci (Fazenda)
à Prefeitura de Ribeirão Preto, tinha Buratti como vice-presidente
até o início do mês. Buratti nega
que tenha sido favorecido nos
contratos com as prefeituras e nas
negociações com a GTech.
Em 2001, a Construrban, do ex-administrador regional Ubiratan
Sebastião de Carvalho, foi contratada pela Prefeitura de São Paulo,
sem licitação, para fazer serviços
complementares de limpeza. A
empresa, fundada em 1997, trabalhou em Betim (MG) e Franca.
Em São Carlos, o vereador Marcos Amaral (PPS) questiona a
contratação da SinalRonda, empresa que já trabalhou em Santo
André e Botucatu. A empresa está
processando o vereador por causa
de um panfleto no qual afirma
que, com a atuação da companhia, haveria uma "indústria da
multa" no município.
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