São Paulo, quarta-feira, 28 de março de 2007

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Outro lado

Nem agência nem banco comentam conclusões da PF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Visanet informou que cabe a seus cotistas -nesse caso, ao Banco do Brasil- a responsabilidade por "planejar e controlar a ação de marketing para promover a aquisição e o uso dos cartões com bandeira Visa junto a seus clientes e portadores".
Em e-mail enviado à Folha, a Visanet disse que é atribuição dos seus acionistas "cotar, contratar e negociar com os fornecedores para a implementação e execução da ação [de marketing] proposta". Questionada sobre as razões pelas quais se recusou a fornecer um conjunto de informações à PF, a Visanet disse que "respondeu a todas as questões e entregou todos os documentos solicitados, tendo tão-somente questionado se alguns dos mesmos faziam parte do escopo da perícia [da PF] então em andamento".
A documentação foi entregue à PF mediante ordem judicial assinada pela ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie.
Por meio de sua assessoria, o Banco do Brasil afirmou que não comentará o conteúdo do laudo por não ter sido informado oficialmente sobre o teor do documento. Acrescentou também que o banco "nunca se furtou nem nunca se furtará a prestar informações solicitadas pelas autoridades competentes".
Segundo a assessoria, o Banco do Brasil sempre respeitou o regulamento relativo à atuação dos cotistas da Visanet, o que inclui as antecipações de recursos feitas para a DNA Propaganda. O banco disse ainda que encaminhou à Visanet os documentos necessários à liberação dos recursos do fundo.
A assessoria da DNA disse que a agência não se pronunciaria, pois desconhece a perícia da PF apresentada no laudo. Em nome do empresário Marcos Valério de Souza, o advogado Marcelo Leonardo negou o repasse de recursos públicos para a agência de publicidade DNA, da qual seu cliente era sócio.
"Os recursos são da Visanet e não dos cofres do Banco do Brasil", afirmou Leonardo. "Tudo foi feito dentro de uma sistemática antiga, praticada antes mesmo do governo Lula, que é o adiantamento de recursos para atividades da agência contratada", disse o advogado.


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