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Supremo barrou "terror" da PF, afirma Mendes
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do Supremo
Tribunal Federal, Gilmar
Mendes, disse ontem no Rio
que, ao impor um modelo para as ações da Polícia Federal, o STF barrou o "terror"
criado pela corporação.
"A polícia determinava,
combinava com juízes e promotores e atuava. Fazia às
vezes um cenário de terror, e
a resposta veio pelo Supremo
Tribunal Federal, com a súmula das algemas, o direito
de acesso ao inquérito. Acho
que a partir daí colocamos
ordem nas coisas", disse ele
no Fórum de Jacarepaguá.
A Folha tentou entrar em
contato com a assessoria do
diretor-geral da PF, Luiz
Fernando Corrêa, para comentar as declarações, mas
não obteve uma resposta.
Mendes rebateu declaração do senador Pedro Simon
(PMDB-RS), que se referiu
ao STF como "arquivo morto" por nunca ter condenado
nenhum parlamentar processado. Mendes respondeu
que Simon é "muito dado a
frases de efeito": "É bom que
o senador saiba que tribunal
existe para julgar e não para
condenar. Tribunal existe
para condenar na Venezuela,
em Cuba e na antiga União
Soviética... Nada contra a Venezuela, é só uma questão de
independência judicial".
Mendes evitou comentar a
declaração do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva de
que juízes, procuradores e
policiais devem evitar falar
com a imprensa e deixar isto
para os políticos: "Ele está se
referindo aos membros típicos do Judiciário. Certamente não está se referindo aos
chefes de poder, que têm
responsabilidade política".
(ANDRÉ ZAHAR)
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