São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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Supremo barrou "terror" da PF, afirma Mendes

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, disse ontem no Rio que, ao impor um modelo para as ações da Polícia Federal, o STF barrou o "terror" criado pela corporação.
"A polícia determinava, combinava com juízes e promotores e atuava. Fazia às vezes um cenário de terror, e a resposta veio pelo Supremo Tribunal Federal, com a súmula das algemas, o direito de acesso ao inquérito. Acho que a partir daí colocamos ordem nas coisas", disse ele no Fórum de Jacarepaguá.
A Folha tentou entrar em contato com a assessoria do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, para comentar as declarações, mas não obteve uma resposta.
Mendes rebateu declaração do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que se referiu ao STF como "arquivo morto" por nunca ter condenado nenhum parlamentar processado. Mendes respondeu que Simon é "muito dado a frases de efeito": "É bom que o senador saiba que tribunal existe para julgar e não para condenar. Tribunal existe para condenar na Venezuela, em Cuba e na antiga União Soviética... Nada contra a Venezuela, é só uma questão de independência judicial".
Mendes evitou comentar a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que juízes, procuradores e policiais devem evitar falar com a imprensa e deixar isto para os políticos: "Ele está se referindo aos membros típicos do Judiciário. Certamente não está se referindo aos chefes de poder, que têm responsabilidade política".
(ANDRÉ ZAHAR)

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