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Decisão pode criar "laranjas"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Para o cientista político Fábio
Wanderley Reis, a verticalização
pode resultar em coligações capengas, candidatos "laranjas" ou
trazer obstáculos para a criação
de alguma coisa consistente no
plano nacional, na agregação para
a eleição do presidente. "As consequências são certamente danosas por essas razões", disse Reis.
Mesmo sendo contrário à decisão do TSE, por entender que ela
enfraquece os partidos, o senador
Roberto Freire, presidente do
PPS, não crê que essa imposição
trará problemas para as coligações nacionais e nem sequer para
a governabilidade: "Por mais que
alguém pense que pode fazer algo
homogêneo, são realidades distintas em cada Estado", disse.
O PPS vê ameaçada a Frente
Trabalhista (PPS-PTB-PDT) que
sustenta Ciro. Há divergências no
Rio Grande do Sul, onde o presidente do PDT, Leonel Brizola, não
aceita que Antônio Britto (PPS)
seja candidato ao governo gaúcho. É pura briga regional, mas
tendo à frente um líder nacional.
O PT, que tem se esforçado para
encontrar um parceiro do centro,
o PL, não vai conseguir isso por
razões puramente regionais.
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