São Paulo, domingo, 28 de abril de 2002

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Decisão pode criar "laranjas"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, a verticalização pode resultar em coligações capengas, candidatos "laranjas" ou trazer obstáculos para a criação de alguma coisa consistente no plano nacional, na agregação para a eleição do presidente. "As consequências são certamente danosas por essas razões", disse Reis.
Mesmo sendo contrário à decisão do TSE, por entender que ela enfraquece os partidos, o senador Roberto Freire, presidente do PPS, não crê que essa imposição trará problemas para as coligações nacionais e nem sequer para a governabilidade: "Por mais que alguém pense que pode fazer algo homogêneo, são realidades distintas em cada Estado", disse.
O PPS vê ameaçada a Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT) que sustenta Ciro. Há divergências no Rio Grande do Sul, onde o presidente do PDT, Leonel Brizola, não aceita que Antônio Britto (PPS) seja candidato ao governo gaúcho. É pura briga regional, mas tendo à frente um líder nacional.
O PT, que tem se esforçado para encontrar um parceiro do centro, o PL, não vai conseguir isso por razões puramente regionais.


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