|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Campanha opõe reformas e atraso
DA REDAÇÃO
A campanha publicitária do governo sobre as reformas previdenciária e tributária, criada pelo
publicitário Duda Mendonça, teve início na semana passada. Na
TV, são dois tipos de comercial, e
o recado é claro: quem não está a
favor da proposta do governo é
contra o progresso.
A propaganda compara as reformas ao fim da escravidão e à liberação do trabalho feminino. No
primeiro comercial, a apresentadora diz que foi uma "reforma", a
lei 4.121, de 1962, que "livrou as
mulheres da humilhante exigência" de precisar ter autorização do
marido para trabalhar. Antes, um
homem esbraveja contra o "absurdo" que é sua mulher querer
trabalhar fora. "Eu sou uma pessoa evoluída, mas mulher cuida
da casa. Onde já se viu?", diz.
Outro anúncio compara as reformas com o fim da escravidão
-segundo o texto, quando a medida foi proposta houve quem
achasse que o Brasil iria à bancarrota sem escravos.
A campanha -que teria um
custo estimado entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões- tem ainda
anúncios maiores, explicativos,
com dois minutos de duração.
No comercial sobre a Previdência, os atores Denise Fraga e
Othon Bastos explicam alguns
pontos da proposta. Os servidores, principal alvo da reforma, são
chamados de "vítimas de um sistema velho, ineficiente e injusto".
Fraga e Bastos tiveram cachês de
R$ 40 mil e R$ 35 mil, respectivamente.
(CLÁUDIA CROITOR)
Texto Anterior: Contra-reforma: Unidos contra as reformas, petistas e Brizola vão à Justiça Próximo Texto: Perfil: Senadora foi personagem de diversas polêmicas Índice
|