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Senado aprova mais
2,8 mil cargos federais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por só três votos de diferença, o
Senado aprovou ontem o projeto
de conversão à medida provisória
que cria quase 2,8 mil cargos de
confiança no governo, de livre nomeação dos ministros. Sete senadores da base aliada (um do PSB e
seis do PMDB) votaram contra, o
que levou o governo a ter a vitória
mais apertada no Senado. Após
mais de três horas de discussão, a
MP foi aprovada por 36 a 33.
Editada na reforma ministerial,
a MP criou a Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome, que assumiu as funções
das extintas pastas de Assistência
Social e de Segurança Alimentar.
Mas o ponto mais polêmico, que
pôs em risco a aprovação, é a criação das vagas comissionadas.
"É a criação de cargos mais estapafúrdia já feita", disse o senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE). Para
ele, os novos cargos não são necessários e só servirão para dar
vagas a ""apadrinhados" do PT.
Segundo a oposição, os cargos
de confiança reforçarão o caixa do
PT nas eleições deste ano, já que é
cobrada uma contribuição dos filiados. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse
que não existe preocupação com
a qualificação dos nomeados.
Os peemedebistas que votaram
contra foram Ramez Tebet (MS),
Pedro Simon (RS), Sérgio Cabral
(RJ), Mão Santa (PI), Papaléo
Paes (AP) e João Batista Motta
(ES). O sétimo contrário foi Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC).
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), orientou voto a favor
e afirmou que o partido estava
"convencido da necessidade dos
cargos para aprimorar a administração".
(RAQUEL ULHÔA)
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