São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2004

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Senado aprova mais 2,8 mil cargos federais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por só três votos de diferença, o Senado aprovou ontem o projeto de conversão à medida provisória que cria quase 2,8 mil cargos de confiança no governo, de livre nomeação dos ministros. Sete senadores da base aliada (um do PSB e seis do PMDB) votaram contra, o que levou o governo a ter a vitória mais apertada no Senado. Após mais de três horas de discussão, a MP foi aprovada por 36 a 33.
Editada na reforma ministerial, a MP criou a Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que assumiu as funções das extintas pastas de Assistência Social e de Segurança Alimentar. Mas o ponto mais polêmico, que pôs em risco a aprovação, é a criação das vagas comissionadas.
"É a criação de cargos mais estapafúrdia já feita", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Para ele, os novos cargos não são necessários e só servirão para dar vagas a ""apadrinhados" do PT.
Segundo a oposição, os cargos de confiança reforçarão o caixa do PT nas eleições deste ano, já que é cobrada uma contribuição dos filiados. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que não existe preocupação com a qualificação dos nomeados.
Os peemedebistas que votaram contra foram Ramez Tebet (MS), Pedro Simon (RS), Sérgio Cabral (RJ), Mão Santa (PI), Papaléo Paes (AP) e João Batista Motta (ES). O sétimo contrário foi Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC).
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), orientou voto a favor e afirmou que o partido estava "convencido da necessidade dos cargos para aprimorar a administração". (RAQUEL ULHÔA)

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