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Pistas indicam crime de
mando em Unaí, diz PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal identificou
três grupos de suspeitos da chacina dos três auditores fiscais do
trabalho e seu motorista, ocorrida
em Unaí há três meses. Os nomes
não foram divulgados, pois atrapalharia as investigações. Segundo o diretor-geral da PF, Paulo
Lacerda, 90% das pistas indicam
crime de mando.
"Infelizmente, as circunstâncias
em que os fatos delituosos ocorreram e seus desdobramentos demonstraram que o crime não seria de fácil elucidação", disse.
Entre as pistas analisadas pela
PF estão armas apreendidas no
mês passado, semelhantes às usadas no crime. Os policiais também examinaram 93.443 dados,
como ligações telefônicas, restando 83 para checagem. A PF afirmou que descobriu cinco testemunhas, sem revelar seus nomes.
O crime ocorreu no dia 28 de janeiro, quando o motorista Ailton
Pereira de Oliveira e os auditores
Nelson José da Silva, João Batista
Soares Lage e Erastótenes de Almeida Gonçalves foram mortos
numa estrada vicinal de Unaí. Fazendeiros da região, principais
prejudicados pelas multas aplicadas pelos fiscais, são investigados.
O chefe da divisão de Crimes
contra o Patrimônio da PF, delegado Antonio Celso dos Santos,
chegou a dizer ontem que o inquérito "vai chegar a poderosos".
As provas colhidas até agora seriam apresentadas em uma reunião fechada da direção da PF
com deputados federais.
Ontem, Lacerda, Santos e outros dois delegados participaram
de audiência pública na Câmara
para prestar contas das investigações. Mesmo pressionados, evitaram se comprometer com prazos.
(IURI DANTAS)
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