São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 2002

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PSDB tenta minimizar sondagem

JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O fim do encontro do PSDB para discussão do programa de governo da pré-candidatura de José Serra, ontem, serviu de palanque para o partido tentar minimizar o resultado da pesquisa CNT/Sensus. O levantamento, cujos métodos foram criticados por integrantes da equipe do presidenciável, mostra Serra em queda nas intenções de voto.
De acordo com a pesquisa, divulgada ontem, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 40,1% das intenções de voto, Anthony Garotinho (PSB) tem 16,5%, Serra aparece com 13,3% e Ciro Gomes (PPS) tem 12%. "Se a pesquisa fosse correta, os meus publicitários disseram que se vestiriam de baianas e dançariam na porta [do instituto"", disse Serra, ao final do encontro com cerca de 30 pessoas, que durou quatro dias, em Embu, na Grande São Paulo.
O principal argumento contra a pesquisa utilizado por Nelson Biondi, marqueteiro do tucano, é o fato de o resultado da sondagem ter sido divulgado praticamente uma semana depois do fim do trabalho de campo (a pesquisa foi feita entre os dias 19 e 23 de maio).
O levantamento não teria, para ele, captado fatos positivos produzidos pela pré-candidatura, entre eles a escolha do nome da deputada Rita Camata (PMDB-ES) para vice de Serra. A escolha foi anunciada no dia 22.
Para os tucanos, as perguntas do questionário induziriam o eleitor a não escolher Serra. Uma das questões, por exemplo, referia-se à possibilidade de as acusações contra Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro do PSDB, prejudicarem o tucano. A pergunta foi feita antes de se indagar em quem o entrevistado votaria.
Na tentativa de provar que o levantamento da CNT/Sensus estava errado, Biondi chegou a mostrar pesquisas realizadas para o partido que mostram Serra à frente de Garotinho na sexta-feira.
O tesoureiro da campanha de Serra deverá ser o publicitário Luiz Fernando Furquim, que já exerceu a função nos pleitos de 94, 96 e 98. Serra, porém, negou que o nome já tivesse sido escolhido e pediu que a pergunta envolvendo arrecadação de recursos também fosse feita a Lula.



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