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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Acordo foi firmado sábado entre peemedebista e José Dirceu
Quércia fecha aliança com
PT à sucessão em São Paulo
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT fechou uma aliança informal com o PMDB no Estado de
São Paulo. Os negociadores do
acordo foram o deputado federal
José Dirceu (SP), presidente nacional do PT, e o presidente regional do PMDB em São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia.
Quércia e o PT foram inimigos
políticos durante muitos anos. A
reaproximação teve início em um
almoço reservado em 23 de janeiro deste ano, entre o peemedebista e o presidenciável do PT, Luiz
Inácio Lula da Silva.
Pelo acordo, o PT e o PMDB
lançarão apenas um candidato ao
Senado cada. Hás duas vagas em
disputa por Estado neste ano. O
PT sairá com Aloizio Mercadante.
O PMDB, com Orestes Quércia.
Na última pesquisa Datafolha,
Quércia aparecia em segundo lugar nas intenções de voto para o
Senado, com 36%. Mercadante
aparecia em terceiro, com 18%.
Em primeiro, com 51%, estava o
senador Romeu Tuma (PFL).
Quércia e Mercadante não farão
campanha juntos. Mas não devem se hostilizar.
O PMDB também não terá candidato ao governo paulista, dando uma ajuda informal a José Genoino, o nome do PT que disputará essa vaga.
Essa aliança informal ainda depende de uma formalização na
convenção de cada partido. No
caso do PT, bastará a sigla não
lançar outro nome para o Senado.
No PMDB, Quércia terá de derrotar a facção do partido que está
ao lado do presidente nacional da
sigla, Michel Temer, e que comanda a ala governista em SP.
"Será um desastre para os candidatos a deputado. O ideal é ter
um candidato ao governo do Estado ou fazer aliança formal", diz
Temer, que defende uma coalização do PMDB com o PSDB.
No momento, ele trabalha para
compor uma aliança paulista que
inclua PSDB, PFL e PMDB. O
PSDB teria o governador Geraldo
Alckmin como candidato à reeleição. O vice seria Tuma, que desistiria de voltar para o Congresso.
Restaria ao PMDB uma das duas
vagas para o Senado. A outra ficaria com o presidente nacional dos
tucanos, o deputado José Aníbal.
Quércia é contra a proposta de
Temer. Deseja evoluir para uma
aliança formal com o PT em SP.
Nesse caso, o candidato a vice-governador seria indicado pelo
PMDB, e o nome seria o do escritor Fernando Morais.
Mas, para uma aliança formal,
seria necessário que o PMDB não
tivesse candidato à Presidência
nem apoiasse outro que não fosse
Lula. Quércia e seu grupo têm trabalhado nesse sentido.
Para o PT, além do apoio para a
campanha ao governo paulista, a
aliança com Quércia daria tranquilidade para a prefeita de São
Paulo, Marta Suplicy (PT) . Com a
ajuda do PMDB, ela teria uma
bancada mais ampla a seu favor
na Câmara de Vereadores.
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