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Integrar programas será a prioridade,
afirma ministério
Já atendimento individualizado, como no Chile, dificilmente será usado no Brasil, avalia secretária de renda de cidadania
Segundo Rosani Cunha, há iniciativas de ação conjunta entre o Bolsa-Família e projetos de Minas e Energia, Educação e Trabalho
DA SUCURSAL DO RIO
A secretária nacional de renda de cidadania do Ministério
do Desenvolvimento Social,
Rosani Cunha, afirma que o
Bolsa-Família já está caminhando no sentido de priorizar
o acesso dos beneficiados a outros programas. Ela afirma, no
entanto, que a experiência de
atendimento individualizado,
como acontece no Chile, é muito mais difícil de ser implementada no Brasil por conta do tamanho do programa.
"Desde o ano passado, há um
trabalho, por exemplo, de integração do Bolsa-Família com o
Brasil Alfabetizado. O programa já funciona hoje como eixo
integrador de outros. Esse movimento já está em curso e está
muito maduro, mas tem que se
estender por mais programas e
se capilarizar", diz ela.
Segundo ela, o mesmo esforço que já está sendo feito com o
Ministério da Educação acontece com o Ministério do Trabalho e de Minas e Energia, em
diferentes projetos.
Uma das dificuldades que ela
cita para repetir no Brasil a experiência chilena é que, por ser
o país uma federação de Estados, o programa tem que atuar
em parceria com os poderes
municipais e estaduais, o que
não acontece no Chile.
"O Chile é de fato uma referência, mas é preciso ter em
mente que é um Estado unitário. Além disso, lá eles trabalham com pouco mais de 200
mil famílias, em situação de extrema pobreza. Aqui, trabalhamos também com as que estão
em situação de pobreza."
Segundo Cunha, a comparação com os demais países que
mostra a melhor focalização do
programa brasileiro é significativa. "Não é pouca coisa termos
uma focalização melhor que a
chilena, que trabalha com um
universo menor, ou a mexicana, cujo programa já tem quase
dez anos de existência", afirma.
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