São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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Integrar programas será a prioridade, afirma ministério

Já atendimento individualizado, como no Chile, dificilmente será usado no Brasil, avalia secretária de renda de cidadania

Segundo Rosani Cunha, há iniciativas de ação conjunta entre o Bolsa-Família e projetos de Minas e Energia, Educação e Trabalho

DA SUCURSAL DO RIO

A secretária nacional de renda de cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, Rosani Cunha, afirma que o Bolsa-Família já está caminhando no sentido de priorizar o acesso dos beneficiados a outros programas. Ela afirma, no entanto, que a experiência de atendimento individualizado, como acontece no Chile, é muito mais difícil de ser implementada no Brasil por conta do tamanho do programa.
"Desde o ano passado, há um trabalho, por exemplo, de integração do Bolsa-Família com o Brasil Alfabetizado. O programa já funciona hoje como eixo integrador de outros. Esse movimento já está em curso e está muito maduro, mas tem que se estender por mais programas e se capilarizar", diz ela.
Segundo ela, o mesmo esforço que já está sendo feito com o Ministério da Educação acontece com o Ministério do Trabalho e de Minas e Energia, em diferentes projetos.
Uma das dificuldades que ela cita para repetir no Brasil a experiência chilena é que, por ser o país uma federação de Estados, o programa tem que atuar em parceria com os poderes municipais e estaduais, o que não acontece no Chile.
"O Chile é de fato uma referência, mas é preciso ter em mente que é um Estado unitário. Além disso, lá eles trabalham com pouco mais de 200 mil famílias, em situação de extrema pobreza. Aqui, trabalhamos também com as que estão em situação de pobreza."
Segundo Cunha, a comparação com os demais países que mostra a melhor focalização do programa brasileiro é significativa. "Não é pouca coisa termos uma focalização melhor que a chilena, que trabalha com um universo menor, ou a mexicana, cujo programa já tem quase dez anos de existência", afirma.


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