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Planalto prevê derrota de CSS no Supremo
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Planalto avalia que a nova CPMF, agora batizada de
CSS (Contribuição Social para a Saúde), tende a ser derrubada pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) devido à
cumulatividade. Ou seja, incidir como cascata, de transação financeira em transação financeira, o que aumenta o valor real cobrado.
Segundo a Folha apurou, o
Planalto tem interesse na
criação de um novo tributo
para financiar a saúde. Mas
avalia que a derrota no Senado, em dezembro, na tentativa de prorrogar a antiga
CPMF recomenda cautela.
Motivos: a arrecadação de
impostos vem crescendo, o
que tira discurso do governo
para defender um novo tributo, e a maioria instável do
Planalto no Senado, o que dificulta operações para aprovar temas polêmicos.
Aliados do governo, porém, afirmam que têm os votos para aprovar o novo tributo, que seria criado por lei complementar. O quórum
necessário é de maioria absoluta -257 votos na Câmara, que deve votar a proposta
hoje, e 41 votos no Senado.
No entanto, em sondagem
a ministros do STF, emissários do governo e de seus
aliados na Câmara colheram
a avaliação de que dificilmente o tribunal aprovará o
novo tributo. A oposição já
se prepara para questionar
judicialmente a medida.
A estratégia da oposição é
tentar derrubar a proposta
do governo no Senado, mas o
senador Tião Viana (PT-AC)
disse aos articuladores da
proposta que terá os 41 votos
na sua Casa. Se Viana tiver
êxito, o PSDB e o DEM devem recorrer ao STF.
Há ainda uma batalha política para embalar a criação
da CSS. Os defensores da
proposta dizem que ela será
um imposto menor do que a
CPMF -sua alíquota é de
0,1%, enquanto a do velho
tributo era de 0,38%. A oposição argumenta que a crescente arrecadação de impostos dá ao governo caixa para bancar a elevação de gastos
na saúde sem o novo tributo.
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