São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2008

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Kassabistas rechaçam ameaça de punição

Apesar da advertência do Conselho de Ética do PSDB, vereadores tucanos vão a evento com Gilberto Kassab

CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia depois de o presidente do Conselho de Ética do PSDB, Afonso Camargo (PR), advertir os kassabistas do partido, vereadores tucanos prestigiaram o palanque do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e reafirmaram apoio à aliança com os democratas. Pouco antes da solenidade de ontem - o 25º evento público oficial com a presença de Kassab e do governador José Serra - eles reagiram às ameaças de Camargo.
Chamando de absurda a ameaça de punição, o vereador Adolfo Quintas disse que defende o apoio a Kassab por causa de um acordo patrocinado pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). E ironizou: "Língua não tem osso. Cada um fala o que quer".
"Ele que nos enquadre. Nós nos defendemos", reagiu o vereador Ricardo Teixeira.
Na véspera, após reunião de deputados federais em defesa da candidatura Alckmin, Camargo disse que o apoio a Kassab "é um problema de disciplina". Líder da bancada de vereadores, Gilberto Natalini, rebateu. "Ele está com a boca torta de saudades da ditadura, quando foi senador biônico. Um partido tem que ter fidelidade, e teremos após a convenção. Disciplina é coisa de fascista".
Poupando Camargo, de quem é amigo, o secretário de Esportes, Walter Feldman, disse estranhar a presença de deputados de outros Estados para manifestar opinião contrária à dos vereadores. "O presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), disse que não haveria nacionalização. Se não, teríamos que fazer um debate sobre Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia...".
Já no palanque - durante cerimônia de transferência do Ceret (Centro Esportivo e Recreativo do Trabalhador do Estado) para a prefeitura - Feldman disse que tem orgulho de participar do governo Kassab.
Ao lado de Serra, Kassab disse que, daqui a um ano, de volta ao parque, terá condições de fazer novas transformações. Hoje, os dois estarão na 26ª cerimônia conjunta do ano.
Oito vereadores da região do Tatuapé, cinco deles tucanos, foram ao evento.
Mais tarde, ao anunciar aliança com o pequeno PSL, o que garantirá cerca de 30 na TV, Alckmin minimizou os problemas com a bancada.


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