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Kassabistas rechaçam ameaça de punição
Apesar da advertência do Conselho de Ética do PSDB, vereadores tucanos vão a evento com Gilberto Kassab
CATIA SEABRA
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia depois de o presidente do Conselho de Ética do
PSDB, Afonso Camargo (PR),
advertir os kassabistas do partido, vereadores tucanos prestigiaram o palanque do prefeito
Gilberto Kassab (DEM) e reafirmaram apoio à aliança com
os democratas. Pouco antes da
solenidade de ontem - o 25º
evento público oficial com a
presença de Kassab e do governador José Serra - eles reagiram às ameaças de Camargo.
Chamando de absurda a
ameaça de punição, o vereador
Adolfo Quintas disse que defende o apoio a Kassab por causa de um acordo patrocinado
pelo ex-governador Geraldo
Alckmin (PSDB). E ironizou:
"Língua não tem osso. Cada um
fala o que quer".
"Ele que nos enquadre. Nós
nos defendemos", reagiu o vereador Ricardo Teixeira.
Na véspera, após reunião de
deputados federais em defesa
da candidatura Alckmin, Camargo disse que o apoio a Kassab "é um problema de disciplina". Líder da bancada de vereadores, Gilberto Natalini, rebateu. "Ele está com a boca torta
de saudades da ditadura, quando foi senador biônico. Um partido tem que ter fidelidade, e teremos após a convenção. Disciplina é coisa de fascista".
Poupando Camargo, de
quem é amigo, o secretário de
Esportes, Walter Feldman, disse estranhar a presença de deputados de outros Estados para
manifestar opinião contrária à
dos vereadores. "O presidente
do partido, Sérgio Guerra (PE),
disse que não haveria nacionalização. Se não, teríamos que
fazer um debate sobre Belo Horizonte, Fortaleza, Goiânia...".
Já no palanque - durante cerimônia de transferência do
Ceret (Centro Esportivo e Recreativo do Trabalhador do Estado) para a prefeitura - Feldman disse que tem orgulho de
participar do governo Kassab.
Ao lado de Serra, Kassab disse que, daqui a um ano, de volta
ao parque, terá condições de fazer novas transformações. Hoje, os dois estarão na 26ª cerimônia conjunta do ano.
Oito vereadores da região do
Tatuapé, cinco deles tucanos,
foram ao evento.
Mais tarde, ao anunciar
aliança com o pequeno PSL, o
que garantirá cerca de 30 na
TV, Alckmin minimizou os
problemas com a bancada.
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