São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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SÃO PAULO

Em ato protocolar, PP oficializa Maluf na disputa; vice será definido amanhã
O ex-prefeito Paulo Maluf oficializou ontem sua candidatura pelo PP à Prefeitura de São Paulo em uma convenção protocolar, que serviu só para validar a convenção feita pelo partido no último dia 20, sem a concordância do diretório municipal.
Ontem, tanto Maluf quanto o presidente da comissão provisória do PP em São Paulo, deputado federal Celso Russomanno, afirmaram que as desavenças entre eles são passado.
O ato marcou a saída de Russomanno na disputa. O deputado também almejava ser candidato pelo PP. Em contrapartida, ganhou a promessa de apoio numa eventual candidatura dele em 2006, na eleição para governador de São Paulo.
Caso o ato de ontem não tivesse ocorrido, a candidatura de Maluf ficaria exposta a possíveis pedidos de impugnação por parte de seus adversários. Esse problema se extinguiu após Russomanno assinar a ata do partido e revalidar a convenção realizada no dia 20.
"Só pedi o seguinte para Russomanno: como sou mais velho, me dá a vez agora. Depois vai chegar a sua hora. Me ajuda agora e vou ser seu estribo no futuro", disse Maluf, ao lado de 3 dos 13 netos, Izabela, Fábio e Fernando, filhos do Flávio Maluf.
Apesar das duas convenções, Maluf ainda não definiu um candidato a vice, mas será alguém do próprio partido: a definição será feita amanhã. A direção estadual do PP convidou Russomanno, que, já de olho em 2006, teria uma oportunidade de se destacar na campanha. O grupo malufista, porém, prefere o vereador Salim Curiati Jr., que acompanha Maluf em todas as visitas políticas em São Paulo.
Entre os presentes no ato, o mais efusivo foi o ex-vereador Brasil Vita que afirmou que, "sem Maluf, não há salvação".
Maluf é investigado pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal por remessa ilegal de dólares ao exterior. Apesar de documentos enviados pela Justiça da Suíça o citarem como beneficiário de contas naquele país, ele nega possuir valores no exterior e atribui as acusações à perseguição política. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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