|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grupo defende "manifestação sem baderna"
DA REPORTAGEM LOCAL
Os integrantes do "Cansei"
tentam explicar o movimento como um gesto de indignação da sociedade "contra
tudo que está aí". Mas, para
não serem identificados com
outros grupos, fazem questão de frisar que é "manifestação sem baderna".
Marcus Hadade, ex-presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários, é um dos organizadores
do movimento. "É primeiro a
solidariedade às vítimas do
acidente da TAM, e depois a
indignação", diz ele. "É um
movimento de gente que
busca o bem, sem baderna.
Sou contra um monte de coisas, mas somos, antes de tudo, a favor do Brasil, pela estabilidade das instituições."
Sergio Morrison é diretor
do Comitê de Jovens Executivos da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de
São Paulo), uma das entidades que apóiam o "Cansei", e
organizador da passeata que
sairá amanhã, às 9h, do Monumento às Bandeiras, no
Ibirapuera, até Congonhas.
Questionado sobre como
será a manifestação, diz não
ter muita idéia. "Nunca fizemos isso na vida", afirma ele.
"O movimento partiu da base da sociedade. Estamos
mobilizados, não somos elitistas. Temos de nos defender. Se não garantirmos o
nosso, quem vai?"
Ontem, a Philips veiculou
anúncios em diversos jornais
a favor do "Cansei". Quem
assina é Paulo Zottolo, presidente da multinacional. "Somos pagadores de impostos.
Cansei de me indignar e não
fazer nada. Antes de tudo, o
movimento é uma crítica a
nós mesmos, que perdemos a
capacidade de nos indignar."
Texto Anterior: Irônico, Lembo afirma que o movimento é da "elite branca" Próximo Texto: Senado diz ter obtido todos os papéis de Renan Índice
|