São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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Grupo defende "manifestação sem baderna"

DA REPORTAGEM LOCAL

Os integrantes do "Cansei" tentam explicar o movimento como um gesto de indignação da sociedade "contra tudo que está aí". Mas, para não serem identificados com outros grupos, fazem questão de frisar que é "manifestação sem baderna".
Marcus Hadade, ex-presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários, é um dos organizadores do movimento. "É primeiro a solidariedade às vítimas do acidente da TAM, e depois a indignação", diz ele. "É um movimento de gente que busca o bem, sem baderna. Sou contra um monte de coisas, mas somos, antes de tudo, a favor do Brasil, pela estabilidade das instituições."
Sergio Morrison é diretor do Comitê de Jovens Executivos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), uma das entidades que apóiam o "Cansei", e organizador da passeata que sairá amanhã, às 9h, do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, até Congonhas.
Questionado sobre como será a manifestação, diz não ter muita idéia. "Nunca fizemos isso na vida", afirma ele. "O movimento partiu da base da sociedade. Estamos mobilizados, não somos elitistas. Temos de nos defender. Se não garantirmos o nosso, quem vai?"
Ontem, a Philips veiculou anúncios em diversos jornais a favor do "Cansei". Quem assina é Paulo Zottolo, presidente da multinacional. "Somos pagadores de impostos. Cansei de me indignar e não fazer nada. Antes de tudo, o movimento é uma crítica a nós mesmos, que perdemos a capacidade de nos indignar."


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