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Caseiro acha STF "interessante", mas defensor se diz frustrado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Francenildo dos Santos Costa, 27, deixou o tribunal assim
como chegou: mudo. O pouco
que disse a jornalistas que o assediaram durante toda a sessão
foi que "estava tranquilo", "tinha dormido bem" e que o STF,
onde entrava pela primeira vez,
era um lugar "interessante".
Usando um terno emprestado, Francenildo sentou-se logo
na primeira fila, ficando à vista
da maioria dos ministros.
Comentou que se sentia mais
"confortável" ontem, quando
só acompanhou a sessão, do
que em 2006, quando seu depoimento numa CPI ajudou a
derrubar Palocci da Fazenda.
Na quarta, Francenildo, que
hoje vive de bicos, reclamou da
diferença de tratamento dada a
ele e a Palocci. Uma indenização que ele cobra da CEF e da
revista "Época" está parada na
Justiça há mais de dois meses,
pronta, à espera da sentença.
Segundo Márcia Nunes, diretora da 4ª Vara da Justiça Federal do DF, onde está a ação, o
caso não deve ser resolvido
neste ano. "A prioridade é julgar outros processos que estão
lá há ainda mais tempo", disse.
"É difícil esse negócio", disse
Francenildo: "São dois pesos e
duas medidas". Seu advogado
Wlício Nascimento considerou
o resultado "frustrante": "Isso
desmoraliza o escândalo", afirmou. "Mas pelo menos tivemos
quatro votos".
(LUCAS FERRAZ)
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