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Jornalista ficou preso em manicômio
da Reportagem Local
Militante da luta armada desde
os 15 anos, o jornalista Ivan Akselrud de Seixas, 44, ficou preso
por seis anos e chegou a ver o pai,
o operário Joaquim Alencar de
Seixas, desfigurado pela tortura.
Joaquim era um dos líderes do
Movimento Revolucionário Tiradentes e foi morto depois de
um dia e meio de torturas.
Os dois foram detidos depois
que um colega os denunciou.
""Ele foi preso, levou uns tapas e
deixou de ser companheiro. Mudou de lado e passou a colaborar
com a polícia", diz Ivan, hoje casado e pai de três filhos.
Levados para o DOI-Codi
(Destacamento de Operações de
Informações/Centro de Operação de Defesa Interna), foram
torturados por 30 homens.
Ivan tem hoje uma cicatriz,
fruto dos cheques elétricos a que
foi submetido, na mão.
Soube da morte do pai enquanto era encaminhado para
ser ""fuzilado", segundo o informaram. Ao passar por uma banca de jornal, pôde ler a notícia.
Cumpriu três anos de sua ""pena" na Casa de Custódia de Taubaté, para onde eram conduzidos presos de alta periculosidade
e com problemas mentais.
Conhecido como Teobaldo pelos outros membros da organização, Ivan participou de ações
como tomadas de fábrica e ""expropriações de supermercados".
Depois de dois anos de sua libertação, em 20 agosto de 76
-quando o presidente Ernesto
Geisel (74-79) iniciava a distensão do regime-, encontrou um
de seus torturadores no metrô.
""Nos encaramos. Fingi que ia em
direção a ele. Ele correu e eu entrei rápido no metrô."
(PZ)
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