São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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OPERAÇÃO SANGUESSUGA

Vedoin depõe em inquéritos do STF e mantém acusações

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

O empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, reafirmou ontem, ao depor em inquéritos abertos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), acusações que havia feito contra congressistas. Foi a primeira vez, desde a sua nova prisão no dia 15, que Vedoin voltou a falar sobre o pagamento de propina a parlamentares.
"Ele está colaborando, reiterando aquilo que já disse à Justiça", afirmou o advogado dele, Eloy Reffatti.
Os delegados vão ouvir Vedoin em 24 dos 115 inquéritos abertos pelo STF para investigar 84 congressistas e 31 prefeitos. Eles são suspeitos de receber propina de Vedoin para fazer emendas ao Orçamento destinadas à compra de ambulâncias.
Esses veículos eram vendidos, em licitações fraudulentas, a prefeituras por empresas de Vedoin. Daí o envolvimento de prefeitos.
Como os congressistas têm foro privilegiado, o STF determinou abertura de investigação contra eles, mas manteve os nomes em sigilos. O pai de Vedoin, Darci José, e a ex-funcionaria do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino também prestaram depoimento ontem.

Seqüestros
O procurador da República em Cuiabá Mário Lúcio Avelar pediu o seqüestro de bens de quatro deputados federais de Mato Grosso acusados por Vedoin de receber propina: Lino Rossi (PP), Wellington Fagundes (PL), Pedro Henry (PP) e Ricarte de Freitas (PTB).
A Justiça negou os pedidos. Os deputados negam envolvimento com o esquema dos sanguessugas. Com exceção de Lino Rossi, os demais concorrem à reeleição.


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