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OPERAÇÃO SANGUESSUGA
Vedoin depõe em inquéritos do STF e mantém acusações
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
O empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia
dos sanguessugas, reafirmou
ontem, ao depor em inquéritos abertos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), acusações que havia feito contra
congressistas. Foi a primeira
vez, desde a sua nova prisão
no dia 15, que Vedoin voltou
a falar sobre o pagamento de
propina a parlamentares.
"Ele está colaborando, reiterando aquilo que já disse à
Justiça", afirmou o advogado
dele, Eloy Reffatti.
Os delegados vão ouvir Vedoin em 24 dos 115 inquéritos abertos pelo STF para investigar 84 congressistas e 31
prefeitos. Eles são suspeitos
de receber propina de Vedoin para fazer emendas ao
Orçamento destinadas à
compra de ambulâncias.
Esses veículos eram vendidos, em licitações fraudulentas, a prefeituras por empresas de Vedoin. Daí o envolvimento de prefeitos.
Como os congressistas
têm foro privilegiado, o STF
determinou abertura de investigação contra eles, mas
manteve os nomes em sigilos. O pai de Vedoin, Darci
José, e a ex-funcionaria do
Ministério da Saúde Maria
da Penha Lino também prestaram depoimento ontem.
Seqüestros
O procurador da República em Cuiabá Mário Lúcio
Avelar pediu o seqüestro de
bens de quatro deputados federais de Mato Grosso acusados por Vedoin de receber
propina: Lino Rossi (PP),
Wellington Fagundes (PL),
Pedro Henry (PP) e Ricarte
de Freitas (PTB).
A Justiça negou os pedidos. Os deputados negam envolvimento com o esquema
dos sanguessugas. Com exceção de Lino Rossi, os demais
concorrem à reeleição.
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