DA REDAÇÃO

Minutos depois de seu primeiro pronunciamento como presidente eleito do Brasil, no hotel Intercontinental, em São Paulo, Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista ao "Fantástico", na Rede Globo, e deparou com uma reportagem anunciada pelo apresentador Pedro Bial como "surpreendente". Era sobre Armando Parick Filho, 72, um dos carcereiros que acompanhou o então sindicalista Lula durante os 31 dias em que esteve preso com base na Lei de Segurança Nacional, depois de liderar greve no ABC, em 1980.
Lula acompanhou as imagens e teve suas reações veiculadas simultaneamente na tela. Parick admitiu que, se Lula dissesse a ele, naquela época, na prisão, que um dia seria presidente da República, desdenharia dele. Depois, emocionado, o carcereiro afirmou: "Falo muito com os meus botões, quando vejo o torneiro mecânico, o sindicalista, chegar à Presidência da República... É uma coisa... Não sei. Acho bonito. Venceu. Brigou com gente forte e venceu".
Depois, durante a entrevista -quando a apresentadora Glória Maria já o tratou como presidente da República-, questionado sobre sua primeira ação no Palácio do Planalto, Lula disse que primeiro vai cuidar da transição, depois do governo e somente então vai pensar nas suas primeiras ações. "Não quero fazer apenas uma peça de merchandising. Quero anunciar medidas que serão colocadas em, prática no dia seguinte."


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