|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ACM pede trégua de 6 meses a Congresso
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O senador eleito Antonio Carlos
Magalhães (PFL), 75, disse ontem
que o Congresso deve "fazer uma
trégua e dar um voto de confiança" pelo menos nos primeiros seis
meses da administração do presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva. Antonio Carlos Magalhães
também defendeu um pacto de
governabilidade para o começo
da nova gestão.
"O PFL não quer cargos, não vai
fazer aliança (com o PT), mas entende que todos nós precisamos
ter boa vontade com Lula no início de seu governo", disse o senador eleito, que votou no petista,
na manhã de ontem, em Salvador.
"Jamais sonhei que votaria no
Lula, mas a vida sempre muda",
disse ACM.
"Vamos fazer uma oposição
construtiva, sem radicalismos",
afirmou. Antonio Carlos Magalhães disse também que para "ter
sucesso e atender às expectativas
populares", Lula não deve se unir
aos "radicais petistas". "Com radicalismo, ninguém governa o
país."
Antes mesmo da reunião da cúpula do PFL, prevista para a próxima quarta-feira, em Brasília,
Antonio Carlos Magalhães já saiu
em defesa da ida do partido para a
oposição. "É claro que temos que
ir para a oposição, já que os programas ideológicos dos dois partidos (PFL e PT) são antagônicos", disse.
O vice-presidente da República,
Marco Maciel (PFL), disse ontem,
após votar em Recife que "o PFL
deve buscar sempre a unidade".
"Tomamos a posição certa no
primeiro turno, quando liberamos os apoios nos Estados. Agora, precisamos buscar a coesão interna", afirmou.
O pefelista -que, como ACM,
foi eleito senador- rebateu as
críticas feitas às gestões de FHC e
afirmou que a história saberá julgar o atual governo. "No futuro,
quando colocarmos o olho no retrovisor veremos que o país mudou para melhor."
Temer
O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP)
-reeleito-, afirmou que a eleição colocou seu partido na oposição, "mas não será uma oposição
raivosa, e sim de responsabilidade
constitucional, aprovando o que
for útil para o país".
Segundo Temer, o PMDB não
irá cobrar do PT coerência com
propostas defendidas enquanto o
partido era oposição, como aumento do salário mínimo para
US$ 100. "Vamos compreender
que governabilidade exige responsabilidade maior", disse.
Texto Anterior: Itamar defende Minas na equipe de novo governo Próximo Texto: Garotinho deseja sucesso a petista e Rosinha fala em negociar dívida Índice
|