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PMDB deve fazer "oposição responsável", afirma Rigotto
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto
(PMDB) diz que fará ""oposição
responsável e construtiva" ao presidente que assumirá em janeiro,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele
defende mudanças no seu partido, que, em sua opinião, é ""fisiológico e clientelista".
(LG e MM)
Folha - O que vai mudar no Estado
com o seu governo?
Germano Rigotto - Primeiro, a
forma de trazer a sociedade para
junto do governo. Infelizmente,
nós tivemos nesses quatro anos
um governo que ouviu alguns setores, mas deixou outros de lado.
Folha - O Estado será um pólo de
oposição ao governo Lula?
Rigotto - De jeito nenhum.
Folha - O senhor, pessoalmente,
será oposição ao presidente?
Rigotto - De jeito nenhum.
Folha - Não integrará a base do
governo Lula?
Rigotto - ...O PMDB deverá ser
oposição. Mas a oposição que o
PMDB tem de fazer, na realidade
difícil que o país vai viver nos próximos meses -dependência do
capital especulativo, câmbio-
vai exigir responsabilidade.
Folha - O PMDB vai mudar?
Rigotto - O PMDB tem que recuperar as suas bandeiras. Tem que
deixar de ser um partido fisiológico, clientelista. O partido participou do governo [de Fernando
Henrique Cardoso", mas o que
menos fez foi buscar dar um rumo ao governo. Disputou cargos,
funções, se enfraqueceu. O PMDB
deve ser um partido de oposição
responsável, não sectária, ajudando o governo no que puder ajudar, votando a favor do governo
nas questões maiores que nós vamos ter que enfrentar.
Folha - Mas sem participar do governo.
Rigotto - Não participando de
governo. O PMDB tem que se reciclar. Ser oposição construtiva. O
PMDB tem que recuperar aquilo
que foi a história do MDB. Nós,
governadores eleitos do PMDB,
temos que influenciar a mudança.
O partido não pode continuar
sendo de cúpula, distante da base.
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