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JUSTIÇA
Ministro virou nome de rua em MT Senado arquiva denúncia contra Gilmar Mendes
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), arquivou
a "denúncia de crime" contra o
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Ferreira Mendes. A decisão, datada do dia 23,
foi divulgada no sábado pela assessoria de imprensa do STF.
No dia 17 passado, o advogado
Lauro Pinto de Sá Barretto e o jornalista Lúcio Barboza dos Santos
encaminharam ao Senado uma
denúncia contra o ministro.
A razão foi uma lei sancionada
em outubro de 2002 pelo prefeito
de Diamantino (cidade de Mato
Grosso a 209 km de Cuiabá),
Francisco Ferreira Mendes Júnior
(PPS), que é irmão do ministro.
A lei batizou a avenida do aeroporto da cidade de "Ministro Gilmar Ferreira Mendes". Barreto e
Santos evocaram uma lei federal
de 1977 que proíbe dar nome de
pessoa viva a um bem público.
Ainda segundo os autores da
"denúncia de crime", o ministro
cometeu crime de responsabilidade ao aceitar a homenagem e
enviar carta de agradecimento ao
vereador Juviano Lincoln (PPS),
que propôs a lei aprovada na Câmara Municipal e, depois, sancionada pelo prefeito.
"Nenhuma participação no
processo legislativo foi atribuída,
na denúncia, ao ministro Gilmar
Mendes. Indaga-se então: qual o
crime de responsabilidade cometido?", questionou Renan em seu
despacho.
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