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Mazloum veda participação de Abin em perícia
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Ali Mazloum, da 7ª
Vara Criminal Federal de
São Paulo, rejeitou o pedido
da Abin (Agência Brasileira
de Inteligência) para acompanhar a perícia dos documentos apreendidos pela Polícia Federal na sede da agência, no último dia 5.
Documentos de agentes da
Abin foram apreendidos sob
o argumento de apurar suposto vazamento de dados da
Operção Satiagraha, que investiga Daniel Dantas.
"Fica vedada também a
participação de qualquer
agente estranho aos quadros
da PF, facultando-se, unicamente, o acompanhamento
pelo Ministério Público Federal [...] por ser o destinatário das provas e o titular da
ação penal", informou o juiz.
A PF apura se o delegado
Protógenes Queiroz, que
chefiou a Satiagraha, vazou
dados da operação. Durante
o caso, ele recebeu a ajuda informal de agentes da Abin.
Para o Ministério Público
Federal, até o momento, não
há provas contra Protógenes.
Na decisão de ontem, Mazloum informa que desconhece outros casos em que a
Abin teria atuado como investigadora. Para ele, a agência é a "inteligência a serviço
do Estado, não de governos
nem de pessoas".
Sobre a afirmação da Abin
de que uma eventual negativa traria "graves riscos para a
segurança nacional", Mazloum afirmou que o argumento "impressiona, mas
não convence". "O foco da investigação não está na atividade própria do órgão [...],
mas na aludida atividade ilícita virtualmente realizada
por seu agentes", informou.
A busca gerou polêmica.
Em carta ao ministro Tarso
Genro (Justiça), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general
Jorge Felix, disse que a ação
desmoraliza a Abin.
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