São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Mazloum veda participação de Abin em perícia

DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, rejeitou o pedido da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para acompanhar a perícia dos documentos apreendidos pela Polícia Federal na sede da agência, no último dia 5.
Documentos de agentes da Abin foram apreendidos sob o argumento de apurar suposto vazamento de dados da Operção Satiagraha, que investiga Daniel Dantas.
"Fica vedada também a participação de qualquer agente estranho aos quadros da PF, facultando-se, unicamente, o acompanhamento pelo Ministério Público Federal [...] por ser o destinatário das provas e o titular da ação penal", informou o juiz.
A PF apura se o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Satiagraha, vazou dados da operação. Durante o caso, ele recebeu a ajuda informal de agentes da Abin.
Para o Ministério Público Federal, até o momento, não há provas contra Protógenes.
Na decisão de ontem, Mazloum informa que desconhece outros casos em que a Abin teria atuado como investigadora. Para ele, a agência é a "inteligência a serviço do Estado, não de governos nem de pessoas".
Sobre a afirmação da Abin de que uma eventual negativa traria "graves riscos para a segurança nacional", Mazloum afirmou que o argumento "impressiona, mas não convence". "O foco da investigação não está na atividade própria do órgão [...], mas na aludida atividade ilícita virtualmente realizada por seu agentes", informou.
A busca gerou polêmica. Em carta ao ministro Tarso Genro (Justiça), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Felix, disse que a ação desmoraliza a Abin.


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