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Categoria paralisa atividades no Rio
Da Sucursal do Rio
Os juízes federais e trabalhistas
do Rio paralisaram suas atividades ontem para discutir a decisão
do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder abono salarial à
categoria, na forma de auxílio-moradia.
Os magistrados trabalhistas decidiram, em reunião realizada ontem de manhã, voltar a trabalhar
normalmente a partir de hoje.
No Estado do Rio há 210 juízes
trabalhistas, segundo o presidente da Associação de Magistrados
do Trabalho do Rio, Evandro Valadão. Ele classificou como "vitorioso" o movimento da categoria.
"Atingimos parcialmente nossos
objetivos", afirmou.
A assessoria do Tribunal Federal do Rio informou que cerca de
90% dos magistrados federais
também não trabalharam ontem.
No Estado são 103 juízes de 1ª instância e 23 de 2ª.
Os juízes militares do Rio nem
chegaram a interromper as atividades. O presidente da Associação de Magistrados Militares do
Rio, Edmundo Franca Oliveira,
disse que os juízes militares de todo o Brasil, 68, se reuniram via
correio eletrônico e optaram pela
volta ao trabalho.
Em ato público realizado ontem
na ABI (Associação Brasileira de
Imprensa), do qual cerca de cem
juízes federais e trabalhistas participaram, a vice-presidente da Associação de Juízes Federais da 2ª
Região (Rio e Espírito Santo), Simone Schereiber, criticou o presidente do Congresso, senador Antônio Carlos Magalhães.
Sobre o comentário do presidente do Congresso, que afirmou
que o Judiciário não ia fazer falta,
ela disse que era uma frase sintomática. "O ACM não convive
bem com o Estado democrático",
afirmou.
A juíza disse ainda que o Judiciário não aprova o valor do salário mínimo que, para a categoria,
é "inconstitucional".
"O salário mínimo, deveria sustentar uma família inteira", afirmou Schereiber.
No fim da tarde de ontem, os
magistrados federais se reuniram
para decidir se iam continuar a
greve. Até o fechamento desta
edição a reunião não havia terminado.
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