São Paulo, terça-feira, 29 de fevereiro de 2000


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Categoria paralisa atividades no Rio

Da Sucursal do Rio

Os juízes federais e trabalhistas do Rio paralisaram suas atividades ontem para discutir a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder abono salarial à categoria, na forma de auxílio-moradia.
Os magistrados trabalhistas decidiram, em reunião realizada ontem de manhã, voltar a trabalhar normalmente a partir de hoje.
No Estado do Rio há 210 juízes trabalhistas, segundo o presidente da Associação de Magistrados do Trabalho do Rio, Evandro Valadão. Ele classificou como "vitorioso" o movimento da categoria. "Atingimos parcialmente nossos objetivos", afirmou.
A assessoria do Tribunal Federal do Rio informou que cerca de 90% dos magistrados federais também não trabalharam ontem. No Estado são 103 juízes de 1ª instância e 23 de 2ª.
Os juízes militares do Rio nem chegaram a interromper as atividades. O presidente da Associação de Magistrados Militares do Rio, Edmundo Franca Oliveira, disse que os juízes militares de todo o Brasil, 68, se reuniram via correio eletrônico e optaram pela volta ao trabalho.
Em ato público realizado ontem na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), do qual cerca de cem juízes federais e trabalhistas participaram, a vice-presidente da Associação de Juízes Federais da 2ª Região (Rio e Espírito Santo), Simone Schereiber, criticou o presidente do Congresso, senador Antônio Carlos Magalhães.
Sobre o comentário do presidente do Congresso, que afirmou que o Judiciário não ia fazer falta, ela disse que era uma frase sintomática. "O ACM não convive bem com o Estado democrático", afirmou.
A juíza disse ainda que o Judiciário não aprova o valor do salário mínimo que, para a categoria, é "inconstitucional".
"O salário mínimo, deveria sustentar uma família inteira", afirmou Schereiber.
No fim da tarde de ontem, os magistrados federais se reuniram para decidir se iam continuar a greve. Até o fechamento desta edição a reunião não havia terminado.


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