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Para entidades, o teto é a solução
da Sucursal de Brasília
Dirigentes da Ajufe e Anamatra,
as entidades nacionais de juízes
federais e do Trabalho, classificam como uma solução provisória a concessão do auxílio-moradia à categoria pelo ministro Nelson Jobim, do STF (Supremo Tribunal Federal).
"A bandeira da categoria é a
moralidade, que será assegurada
com a criação do teto", disse Geraldo Tadeu Alkimin, presidente
da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho). "Essa é uma solução provisória, mas já evitou uma greve
que causaria grandes prejuízos à
sociedade", afirmou o presidente
da Ajufe (Associação dos Juízes
Federais do Brasil), Fernando
Tourinho Neto.
Para eles, o Congresso e os "marajás" do funcionalismo público
são os principais adversários da
criação do teto salarial de R$
12.720 porque irá acabar com as
remunerações superiores às do
presidente da República e de ministros do STF. "Em setembro,
entramos com mandado de segurança sobre o auxílio-moradia
porque essa é uma complementação salarial disfarçada que está
sendo paga aos parlamentares",
disse Tourinho Neto.
Assembléias nos Estados ficaram encarregadas de definir a posição da categoria quanto à greve
que iria ser deflagrada ontem.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Carlos Frederico Santos,
afirmou que não houve avanços
sobre as reivindicações da categoria levadas ao presidente Fernando Henrique Cardoso em audiência no Palácio do Planalto.
Os procuradores são contra o
projeto que cria a Lei da Mordaça,
que proíbe a divulgação de investigações em andamento, e defendem a equivalência salarial com
os juízes, a criação de mais 300
cargos e lista tríplice para a escolha do procurador-geral da República. "Não tivemos respostas
concretas do presidente", disse
Santos. "Ele disse que está preocupado com o avanço do narcotráfico e do crime organizado e
considera fundamental a participação do Ministério Público."
No Brasil
Houve adesão da greve no Rio
Grande do Sul, por parte dos juízes federais, e no Rio Grande do
Norte -federais e estaduais. Porém, no período da tarde, a categoria nos dois Estados decidiu,
em assembléias, suspender a paralisação e seguir a decisão tomada pela maioria no país. Mesmo
assim, os magistrados continuaram mobilizados, aguardando
nova decisão. A Justiça do Trabalho também parou suas atividades no Rio Grande do Sul e pretende, amanhã, realizar outra paralisação.
(ABNOR GONDIM)
Colaborou a Agência Folha
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