|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
HISTÓRIAS REAIS
"Perdi 30 anos de trabalho"
DA AGÊNCIA FOLHA
"Perdi família, dinheiro, patrimônio de 30 anos de trabalho.
Hoje estou sereno, sem jogar há
um ano", revela Vítor (nome fictício), 44, momentos antes de uma
reunião do grupo Jogadores Anônimos numa igreja em São Paulo.
Atualmente exercendo a profissão de cabeleireiro, Vítor começou a jogar aos dez anos, quando
entrou num fliperama. "No primeiro dia joguei duas fichas. Voltei depois, joguei 200 fichas."
Em 1994, ao entrar em um bingo, Vítor atingiu o que chama de
"fundo do poço". Na época, trabalhando com revenda de veículos, tinha 15 veículos, uma chácara, um apartamento e um terreno.
Hoje vive numa casa de aluguel.
"Em 12 de dezembro de 2002,
após realizar um trabalho e receber R$ 800, fui ao bingo e perdi tudo. Naquela noite, joguei-me na
frente de um carro tentando me
matar. Felizmente não consegui."
Sem dinheiro para voltar para a
pensão na qual morava, ele viveu
seis meses de esmolas. Ajudado
pelos Jogadores Anônimos, fez
um curso de cabeleireiro. "Agora,
nada de cartelas."
(JER)
Texto Anterior: Jogadores compulsivos tendem a migrar para modalidades ilegais Próximo Texto: "Ficar sem jogar me deixa louco" Índice
|