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ELEIÇÕES 2006/SÃO PAULO
Tucano, que disputará o governo de São Paulo, deve anunciar oficialmente hoje sua renúncia ao cargo de prefeito da capital
Candidato, Serra monta equipe de campanha
CATIA SEABRA
FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora o anúncio de sua candidatura só esteja previsto para hoje
-com o envio de seu pedido de
renúncia à Câmara Municipal-,
o prefeito de São Paulo, José Serra,
já começou a montar sua equipe
para a campanha ao governo do
Estado. Serra convidou seu secretário particular, José Henrique
Lobo, para a coordenação-geral
da campanha -função que já
exerceu em 2004.
Segundo tucanos, outra opção
para a coordenação-geral seria
seu secretário de Governo, Aloysio Nunes Ferreira. Mas essa não é
a fórmula ideal para Serra. Na
prefeitura, cresce a pressão para
que Aloysio fique no cargo para
que, de lá, costure apoio à candidatura. Uma proposta é que venha a se engajar formalmente na
campanha no segundo semestre.
Outra é que fique até a montagem
de um governo Serra.
Além de estratégica para a candidatura de Serra, a permanência
de Aloysio agrada ao vice-prefeito
Gilberto Kassab. Para os tucanos,
não há dúvidas de que Aloysio
ocupará um cargo num eventual
governo Serra, especialmente se
abrir mão da candidatura à Câmara em favor do prefeito.
Atendendo a orientação da assessoria jurídica do PSDB, Serra
deverá enviar hoje mesmo à Câmara o pedido de renúncia. Pelo
rito, ela deve ser lida amanhã em
plenário, sendo publicada no Diário Oficial na sexta-feira. Para evitar contratempos, o governador
de São Paulo e pré-candidato do
PSDB à Presidência, Geraldo
Alckmin, deverá enviar seu pedido à Assembléia com a mesma
antecedência.
Os tucanos dão como praticamente certa a contratação de Luiz
Gonzales para a área de comunicação da campanha. Tanto Gonzales como Lobo são cotados
também para a coordenação da
campanha de Alckmin.
No domingo, o próprio Alckmin convidou Lobo para a coordenação-executiva da campanha.
Argumentando que prefere atuar
apenas em São Paulo, Lobo teria
concordado em ajudar na campanha, mas sem assumir necessariamente a função. Procurado pela
Folha, Lobo não foi encontrado.
Palocci
Ontem, Serra disse que a saída
de Antonio Palocci do Ministério
da Fazenda "é um prejuízo para o
governo Lula".
"É inegável que Palocci deu
uma boa contribuição para a estabilidade da economia. Se o PT
surpreendeu na economia, não
tenho dúvidas de que isso se deve
ao Palocci", afirmou Serra.
O tucano aproveitou o questionamento sobre a saída do ministro para fazer críticas à política
econômica do governo federal.
"[Houve] muitos equívocos na
política econômica, pelo menos
no tocante à área de juros e de
câmbio. Mas é inegável que na
parte fiscal seguiu-se uma política
de responsabilidade, que foi inicialmente implantada no país pelo PSDB, durante o governo [do
ex-presidente] Fernando Henrique Cardoso."
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