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Oposição discute o uso da palavra câncer
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Nomes do PSDB para a disputa presidencial de 2010, os
governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, manifestaram anteontem, num jantar a dois,
preocupação quanto à exploração política do estado de saúde
da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Segundo tucanos, Serra e Aécio concordaram que há uma
tentativa de uso político da
doença da ministra -que será
submetida a quimioterapia para combater um câncer linfático- e discutiram como reagir à
estratégia, atribuída ao ministro Franklin Martins.
Ainda segundo tucanos, os
dois avaliam que a imagem de
lutadora poderá render dividendos eleitorais à ministra.
No PSDB, a disposição é constranger o governo.
Num primeiro momento, os
tucanos pretendem apenas expor o que acreditam ser manobra petista. Mas há quem defenda o uso da expressão câncer -assustadora para boa parte do eleitorado- para intimidar petistas dispostos a capitalizar a doença da ministra.
Ontem, o presidente do
PSDB, Sérgio Guerra (PE), foi
porta-voz dessa indignação.
"Da mesma forma que é um
desrespeito fazer especulação
sobre a doença da ministra,
transformar a doença em animação eleitoral é um desrespeito ao eleitor", disse Guerra.
Por enquanto, avisa, a intenção é "denunciar o governo".
"Fica muito mal para o governo
fazer essa exploração política.
Vamos mostrar isso. Para nós,
esse assunto tem que ser encerrado", disse Guerra.
Além do pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
-para que se reze pela ministra- os tucanos ficaram particularmente preocupados com
as frequentes aparições de Dilma na televisão.
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