São Paulo, quarta-feira, 29 de abril de 2009

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Oposição discute o uso da palavra câncer

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Nomes do PSDB para a disputa presidencial de 2010, os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, manifestaram anteontem, num jantar a dois, preocupação quanto à exploração política do estado de saúde da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Segundo tucanos, Serra e Aécio concordaram que há uma tentativa de uso político da doença da ministra -que será submetida a quimioterapia para combater um câncer linfático- e discutiram como reagir à estratégia, atribuída ao ministro Franklin Martins.
Ainda segundo tucanos, os dois avaliam que a imagem de lutadora poderá render dividendos eleitorais à ministra. No PSDB, a disposição é constranger o governo.
Num primeiro momento, os tucanos pretendem apenas expor o que acreditam ser manobra petista. Mas há quem defenda o uso da expressão câncer -assustadora para boa parte do eleitorado- para intimidar petistas dispostos a capitalizar a doença da ministra.
Ontem, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), foi porta-voz dessa indignação. "Da mesma forma que é um desrespeito fazer especulação sobre a doença da ministra, transformar a doença em animação eleitoral é um desrespeito ao eleitor", disse Guerra.
Por enquanto, avisa, a intenção é "denunciar o governo". "Fica muito mal para o governo fazer essa exploração política. Vamos mostrar isso. Para nós, esse assunto tem que ser encerrado", disse Guerra.
Além do pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -para que se reze pela ministra- os tucanos ficaram particularmente preocupados com as frequentes aparições de Dilma na televisão.


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