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Juristas irão recorrer contra decisão pró-FHC
DA REPORTAGEM LOCAL
Os juristas que acusaram o
presidente Fernando Henrique
Cardoso de crime de responsabilidade pela liberação de cerca
de R$ 80 milhões em emendas
ao Orçamento para barrar a
CPI da corrupção vão recorrer,
ainda esta semana, ao plenário
da Câmara dos Deputados da
decisão do presidente da Casa,
Aécio Neves (PSDB-MG), de
arquivar a denúncia.
"Pela lei n.º 1.079, de 1950, e
pelo Regimento da Câmara, o
documento deveria ser lido na
sessão seguinte à apresentação
e apreciado por uma comissão
formada especialmente para isso", afirma Celso Bandeira de
Mello, um dos juristas. Segundo ele, é da comissão a prerrogativa de acatar ou arquivar a
denúncia -na prática, um pedido de impeachment de FHC.
A acusação foi protocolada
em 18 de maio. Na última sexta-feira, após consultar a assessoria jurídica da Câmara, Aécio
mandou arquivá-la alegando
falta de provas e de fato que caracterizasse o crime. Procurado pela Folha, Aécio não se
manifestou sobre o recurso.
No recurso, os juristas dizem
não ser preciso apresentar provas no momento da denúncia.
Para Bandeira de Mello, os jornais e os dados do Siafi (Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro) devem ser
considerados documentos de
instrução da acusação.
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