São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2008

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Lula anuncia obras de infra-estrutura e diz que não quer "tutelar" o Haiti

LETÍCIA SANDER
ENVIADA ESPECIAL A PORTO PRÍNCIPE

Passados quatro anos de presença militar brasileira no Haiti, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem, em Porto Príncipe, uma nova fase de ajuda ao país, que poderá incluir o financiamento de projetos de infra-estrutura, sobretudo para a construção de barragens.
Apesar da promessa de envolvimento cada vez maior no país mais pobre das Américas, Lula negou a intenção de "tutelar" o Haiti.
"Eu disse da outra vez que vim que o Brasil ficará aqui enquanto o presidente Preval e o governo do Haiti entenderem que a força de paz pode contribuir para manter a paz ou enquanto a ONU achar que é necessário o Brasil estar presente", disse, após rápida visita ao quartel-general das tropas brasileiras na capital haitiana.
O presidente chegou a Porto Príncipe às 12h30 (14h30 em Brasília), sob forte esquema de segurança, e ficou apenas seis horas no país. Ouviu do colega haitiano, René Preval, apelo para uma mudança na composição das tropas da missão das Nações Unidas. Preval quer menos militares e mais policiais e engenheiros no Haiti.
Não houve resposta, da parte brasileira, ao pedido de alteração na composição das tropas, algo que, segundo o chanceler Celso Amorim, depende da ONU, não do Brasil. Ao pedir mais policiamento, Preval queixou-se dos sucessivos casos de seqüestros no país -foram 25 só neste mês.
Em discurso, Lula chamou o trabalho das Forças Armadas de "exemplar" e disse que o Brasil está provando que é possível ter uma força de paz que não seja "truculenta".


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