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foco
Lula anuncia obras de infra-estrutura e diz que não quer "tutelar" o Haiti
LETÍCIA SANDER
ENVIADA ESPECIAL A PORTO PRÍNCIPE
Passados quatro anos de
presença militar brasileira no
Haiti, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva anunciou ontem,
em Porto Príncipe, uma nova
fase de ajuda ao país, que poderá incluir o financiamento
de projetos de infra-estrutura,
sobretudo para a construção
de barragens.
Apesar da promessa de envolvimento cada vez maior no
país mais pobre das Américas,
Lula negou a intenção de "tutelar" o Haiti.
"Eu disse da outra vez que
vim que o Brasil ficará aqui enquanto o presidente Preval e o
governo do Haiti entenderem
que a força de paz pode contribuir para manter a paz ou enquanto a ONU achar que é necessário o Brasil estar presente", disse, após rápida visita ao
quartel-general das tropas
brasileiras na capital haitiana.
O presidente chegou a Porto
Príncipe às 12h30 (14h30 em
Brasília), sob forte esquema de
segurança, e ficou apenas seis
horas no país. Ouviu do colega
haitiano, René Preval, apelo
para uma mudança na composição das tropas da missão das
Nações Unidas. Preval quer
menos militares e mais policiais e engenheiros no Haiti.
Não houve resposta, da parte brasileira, ao pedido de alteração na composição das tropas, algo que, segundo o chanceler Celso Amorim, depende
da ONU, não do Brasil. Ao pedir mais policiamento, Preval
queixou-se dos sucessivos casos de seqüestros no país -foram 25 só neste mês.
Em discurso, Lula chamou o
trabalho das Forças Armadas
de "exemplar" e disse que o
Brasil está provando que é
possível ter uma força de paz
que não seja "truculenta".
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