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GOVERNO
Senador diz, porém, que mudança no ministério é problema de FHC
Reforma não tira ministros
da BA do cargo, afirma ACM
da Agência Folha, em Salvador
da Sucursal de Brasília
Em um discurso de improviso, o
presidente do Senado, Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), disse
ontem que os dois ministros baianos (Waldeck Ornélas, Previdência, e Rodolpho Tourinho, Minas e
Energia) vão permanecer nos cargos, mesmo que haja uma reforma
ministerial. Ambos foram indicados pelo senador.
"Falam em reforma ministerial e
eu fico absolutamente tranquilo
porque os ministros baianos são
tão bons que não há reforma nenhuma que os tirem dos cargos",
disse o senador em Salvador.
Depois do discurso que fez em
cerimônia na capital baiana, ACM
concedeu rápida entrevista e negou a existência de ministros "intocáveis".
"O presidente pode tirar, mas
não vai mudar os que são competentes", disse ACM, que citou como ""competentes", além dos baianos, José Serra (Saúde) e Paulo Renato Souza (Educação).
O presidente do Senado acrescentou que uma eventual reforma
ministerial não vai mudar o equilíbrio entre os partidos.
Sem citar nomes, Antonio Carlos
Magalhães disse também que a política de desconcentração industrial que o presidente Fernando
Henrique Cardoso quer implantar
no país "não está sendo tão rápida
porque existem entraves causados
por outras regiões".
ACM negou ter feito um discurso
de candidato a presidente. "Fiz um
discurso baiano. Sou candidato à
reeleição no Senado."
No final da tarde, já em Brasília, o
senador voltou a falar sobre reforma ministerial.
"Eu não me preocupo com reforma ministerial. Quem fez os ministros e sabe que eles são competentes não se preocupa com reforma
ministerial", afirmou.
"Existem em todos os partidos
pessoas competentes, e os partidos
não devem se preocupar", disse.
"Reforma ministerial é uma
prerrogativa exclusiva do presidente. Quem acha é o presidente.
Como presidente do Congresso, eu
até não devo achar necessária ou
não. Por isso mesmo, não quero falar", afirmou ACM.
Ciro Gomes
O senador disse que o candidato
derrotado a presidente da República Ciro Gomes (PPS-CE) é "um
homem estranho". Segundo o senador, muitas vezes Gomes o procurou em seu gabinete no Senado.
"Sempre teve comigo um relacionamento muito bom. Agora está procurando uma briga com fatos inverídicos", afirmou o senador baiano.
Em entrevista publicada ontem
pela Folha, Ciro Gomes disse que
ACM "é sujo que só pau de galinheiro".
Para ACM, "se ele quer luta, precisa explicar primeiro como vive,
porque ninguém acredita nesse
negócio de R$ 5.000 por conferência. Isso é conversa fiada".
ACM também criticou o Canal
do Trabalhador, obra de Ciro em
sua passagem pelo governo cearense (1991-94). "É a pior obra já
feita no Brasil, sem licitação e sem
nenhuma vantagem para o povo."
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