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FHC exonera aliado de vice mineiro
da Agência Folha
e da Reportagem Local
O presidente Fernando Henrique Cardoso exonerou o diretor-regional do DNER (Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem)
em Minas Gerais, Flávio Menicucci, indicado pelo vice-governador
do Estado, Newton Cardoso.
A demissão de Menicucci foi
uma decisão do presidente Fernando Henrique Cardoso em razão das críticas feitas por Newton,
em Brasília, na semana passada.
O vice-governador disse que foi
uma "armação" a solenidade no
Ministério do Trabalho, da qual
participaram o governador Itamar
Franco (PMDB) e os seus desafetos
tucanos, entre eles o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações).
Em resposta à demissão de Menicucci, ele ameaça contar "a história da reeleição" de FHC. "A expectativa é que coloquem alguém
ligado ao PMDB. Se não colocarem, vou retaliar também. Vou
chamar a imprensa e contar a história da reeleição que o Brasil não
conhece. Não é aquela historinha
boba que contaram, não. Sei de
muitos deputados".
A demissão de Menicucci ocorreu na sexta-feira, dois dias após
Cardoso ter feito as críticas. A demissão foi publicada ontem no
"Diário Oficial". O substituto de
Menicucci será José Élcio Santos
Montese, que foi vice-diretor do
DER (Departamento de Estradas
de Rodagem) em Minas no governo Eduardo Azeredo (PSDB).
O ministro Eliseu Padilha disse
ontem, em São Paulo, que é ele, um
ministro do PMDB, quem está indicando Montese. Com isso, ele
tenta aliviar o clima de insatisfação
no partido em Minas Gerais.
Padilha afirmou que a divulgação de sua conversa com empresários gaúchos durante a última
campanha eleitoral teve como objetivo "colocar um biombo para
esconder a saída da Ford do Rio
Grande do Sul".
A Folha revelou anteontem que
Padilha disse a esses empresários
que se o candidato do PMDB, Antônio Britto, não vencesse a disputa, o Estado deixaria de ser prioridade para FHC. O ministro lamentou o vazamento da conversa. "É
muito ruim quando a gente é convidado para ir à casa de alguém, fala imaginando que está falando
com uma pessoa ou duas, e aí vê
uma conversa privada ser levada
clandestina e, a priori, criminosamente, ao conhecimento público."
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