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EMBARGO COMERCIAL
Presidente da
Venezuela diz
que manterá
apoio a Cuba
DENISE CHRISPIM MARIN
enviada especial ao Rio
O presidente
da Venezuela,
Hugo Chávez
Frías, defendeu
a integração da
América Latina
até 2005, com a
inclusão de Cuba, e criticou a Lei Helms-Burton,
com a qual os EUA ampliaram o
bloqueio comercial ao país governado por Fidel Castro há 40 anos.
Chávez vai repetir essa posição
durante a reunião de hoje entre os
chefes de Estado da América Latina, do Caribe e da União Européia.
Deverá marcar sua discordância
com a exclusão do termo de repúdio à lei norte-americana do documento final e com o atual processo
de negociação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
"Não podemos apagar Cuba do
mapa. Seu povo tem o direito de
participar do processo de integração, independente do sistema político que haja em Cuba", disse.
O termo de repúdio à Lei Helms-Burton estava incluída no rascunho do documento final da Cúpula
do Rio, mas acabou vetado na reunião dos chanceleres, anteontem.
"Dizemos com muita firmeza
que não estamos de acordo com
imposições, com leis extraterritoriais que tenham ingerência nos
sistemas jurídicos soberanos de
um Estado, seja qual for o seu tamanho e a sua localização geográfica", afirmou Chávez.
Segundo seu argumento, os assuntos internos de um país são intocáveis e devem ser tratados exclusivamente por seus povos.
Embora declare que seu país ainda está formulando uma política
externa "consistente", o presidente venezuelano defende que a integração latino-americana preceda a
formação da Alca.
Esse processo de negociação inclui os Estados Unidos e o Canadá,
exclui Cuba e tem data marcada
para terminar em 2005.
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