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Atos contra corrupção têm fogueira e prisões
DA SUCURSAL DO RIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Cerca de cem servidores públicos ligados às áreas de saúde e
previdência social e representantes de partidos de esquerda, como
PSTU, PC do B e PSOL, fizeram
uma fogueira no meio da avenida
Rio Branco (centro do Rio) na tarde de ontem para protestar contra
a corrupção no governo Lula.
Os manifestantes atearam fogo
a pneus no meio da pista e levaram cartazes e faixas criticando o
suposto "mensalão" pago pelo PT
a deputados da base aliada do governo. Fotos do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e do deputado
federal José Dirceu também fizeram parte do movimento.
"Para os deputados, "mensalão".
Para o servidor, nenhum tostão",
era uma das mensagens exibidas
nas faixas. Outra frase era "Lula,
de orgulho a vergonha nacional".
Com a chegada de policiais militares, houve tumulto. Alguns sindicalistas tentaram impedir a
ação dos PMs, que reagiram atirando gás de pimenta. Um homem partiu para cima dos policiais e foi agredido por eles. Uma
grávida passou mal e deixou o local em uma ambulância.
Prisões em Porto Alegre
Quatro manifestantes foram
presos no início da manhã de ontem pela Brigada Militar durante
um protesto em Porto Alegre contra a corrupção.
Os manifestantes estavam na
entrada do hotel onde estava hospedado o presidente. Aguardavam a saída de Lula, que se dirigiu
à Refinaria Alberto Pasqualini,
em Canoas (região metropolitana
de Porto Alegre). Houve troca de
empurrões. De acordo com a Brigada Militar, os quatro detidos
haviam jogado ovos e pedaços de
paus contra os policiais. Eles foram soltos em seguida.
O protesto, como o que ocorrera na noite de anteontem, foi organizado pelo PSOL, pelo PSTU e
por sindicalistas -participaram
servidores da Previdência, que estão em greve há dois meses.
Os manifestantes, cerca de 50,
tentaram impedir a passagem pela rua Alberto Bins (centro da cidade), o que gerou o tumulto. O
carro onde estava Lula saiu pela
garagem, alheio aos incidentes.
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