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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Baixas na tesouraria atrapalham Alckmin
Grupo responsável por arrecadação perde Kapaz, por causa do caso sanguessuga, e José Aníbal, candidato a deputado
A quase 2 meses da eleição,
diretórios regionais do PSDB
reclamam de escassez de
material de propaganda
do candidato a presidente
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A pouco mais de dois meses
do primeiro turno da eleição, a
campanha de Geraldo Alckmin
(PSDB) a presidente enfrenta
dificuldades na arrecadação de
recursos financeiros e atrasa o
cronograma de distribuição de
material propagandístico para
os diretórios do partido.
O braço responsável pela
busca das contribuições sofreu
duas baixas nesta semana. Um
dos alvos da CPI dos Sanguessugas, o ex-deputado Emerson
Kapaz era um dos arrecadadores da campanha de Alckmin,
especialmente entre o empresariado paulista.
Após o surgimento do nome
de Kapaz no escândalo, o comando da campanha afastou o
ex-deputado da função.
José Aníbal, vereador de São
Paulo com bom trânsito entre o
empresariado nacional, decidiu
disputar a eleição para a a Câmara dos Deputados e abandonou o comitê financeiro. "Vou
continuar ajudando o Geraldo,
mas sem misturar as coisas."
Na próxima segunda-feira, o
comitê financeiro da campanha tucana irá se reunir em São
Paulo para discutir estratégias
que possam acelerar a captação
de recursos e para contabilizar
o que foi arrecado até agora.
Segundo a Folha apurou, algo em torno de R$ 5 milhões
entraram nos cofres da campanha, mas o partido enfrenta dificuldades para fechar a conta,
já que, como afirmou um dos
arrecadadores, "são muitas
pessoas captando recursos em
lugares diferentes".
Um dos responsáveis pela
área disse que o volume ainda
não preocupa e está dentro do
cronograma, mas o ritmo de
captação precisa aumentar.
Outro problema enfrentado
pela campanha diz respeito à
relação entre o responsável pelo comitê financeiro de Alckmin, o advogado Miguel Reale
Jr., e os chamados "braços operacionais", os responsáveis pela busca dos recursos.
Pela proposta inicial de Reale, toda a prestação de contas
da campanha estaria disponível a cada 15 dias na internet.
Mas os "operacionais" sustentam que a medida é inviável do
ponto de vista logístico e ainda
ajuda a afugentar doadores.
A Folha tentou falar com
Reale ontem, mas sua assessoria afirmou que ele não gostaria de conversar sobre o tema.
Demanda
Com o fluxo de caixa abaixo
do esperado, falta material de
propaganda. Nesta semana, o
escritório de Alckmin em São
Paulo recebeu pedidos de adesivos, banners e bandeiras de
Santa Catarina, Paraíba, Rio
Grande do Sul e Bahia.
"Estamos sentindo que Alckmin pode dar uma grande arrancada em Santa Catarina,
mas precisamos de apoio", disse o deputado estadual Djalma
Berger (PSDB-SC).
Um dos coordenadores da
campanha, João Carlos Meirelles afirmou que o atraso na distribuição de material de propaganda se deve a problemas com
o CNPJ dos tucanos.
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