São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2005

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Líderes políticos da Itália e da Alemanha foram investigados por financiamento irregular

Países ricos também tiveram escândalos

DA SUCURSAL DO RIO

Denúncias de compra de votos ou de financiamento irregular de campanha têm aparecido não apenas em países pobres ou em desenvolvimento mas também entre as nações mais ricas.
O atual primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, por exemplo, foi indiciado em 1996 sob a acusação de ter contribuído ilegalmente com US$ 6 milhões para a campanha do ex-premiê Bettino Craxi, na época do Partido Socialista Italiano. Ele chegou a ser condenado em primeira instância, mas foi absolvido após recorrer da decisão.
Três anos depois, o ex-chanceler da Alemanha Helmut Kohl foi acusado de financiamento irregular de campanha. Em 1999, ele admitiu que recebeu pouco mais de US$ 1 milhão ilegalmente para a campanha da União Democrata Cristã.
Suspeitas sobre práticas ilegais na campanha também foram levantadas nas eleições presidenciais mexicanas de 2000 contra os dois maiores partidos que disputavam a eleição, o Partido Revolucionário Institucional e o Partido de Ação Nacional.
Os casos mais parecidos com o suposto "mensalão" brasileiro, no entanto, são os do Peru e da Argentina. No Peru, o ex-chefe do extinto serviço secreto peruano e braço-direito do então presidente Alberto Fujimori foi flagrado subornando um deputado para votar a favor do governo. O vídeo levou Fujimori a renunciar à presidência em 2000.
Na Argentina, foram retomadas neste mês investigações sobre o suposto suborno a senadores para aprovar reformas trabalhistas durante o governo de Fernando de la Rúa (1999 a 2001).


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