São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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OUTRO LADO

"Não há motivo para apelação", afirma o Incra

DA AGÊNCIA FOLHA
DO PAINEL

O superintendente da direção nacional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Brasília, Marcelo Afonso Silva, disse que o governo federal não cometeria "a apelação" de contabilizar como assentados trabalhadores rurais que haviam morrido anos antes.
"Não há motivo para essa apelação, de estar considerando morto para compor número. Isso seria uma apelação ridícula", declarou Afonso Silva, que, no entanto, pediu mais tempo para que fosse dada uma resposta definitiva a respeito de quatro "assentados" mortos listados pela Folha.
O superintendente foi designado pelo presidente do órgão, Sebastião Azevedo, para falar sobre o assunto.
O jornal encaminhou as questões para o ministério na última quarta-feira, informando o órgão a respeito do prazo para as respostas. Às 22h30 de anteontem o assunto chegou às mãos de Afonso Silva. Horas antes, o ministério enviara cópias das fichas dos quatro assentados -três das quais confirmando que eles estavam mortos antes de 1999.
O superintendente exaltou o programa de reforma agrária, afirmando que é formado de "20 milhões de hectares". Segundo ele, o governo está melhorando sua capacidade de acompanhar a realidade do campo, que seria "dinâmica".
"Todo balanço é oriundo de registro. Ele pode não estar no tempo real da situação de campo. Se a família foi contada como assentada é porque ela não estava no sistema", declarou.


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