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Presidência e diretorias do Basa têm
nomes indicados por 3 governadores
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O governo federal só preencheu
em abril os cargos de primeiro escalão do Basa (Banco da Amazônia S.A). A demora foi motivada
por negociações com os governadores da região Norte, de Mato
Grosso e do Maranhão.
Coube ao governador do Acre,
Jorge Viana (PT), a indicação do
presidente da instituição, Mâncio
Lima Cordeiro. Economista, professor da Universidade Federal do
Acre, Lima foi secretário da Fazenda no governo de Viana.
O PT ainda indicou mais dois
diretores. Uma terceira diretoria
ficou com o PPS, uma com o
PMDB e outra com o PFL.
"Indiquei o Mâncio com um peso no coração, não para aumentar
a força política do Acre, mas para
ajudar a Amazônia e o Brasil, porque ele era um excelente secretário", disse o governador, por meio
de sua assessoria de imprensa.
O Basa é um banco comercial e
de fomento, agente financeiro da
política do governo federal para o
desenvolvimento da Amazônia
Legal. A carteira de investimentos
chega a R$ 8 bilhões. O banco tem
4.000 funcionários e 83 agências.
O PT indicou para a diretoria de
Assuntos Estratégicos o técnico
João Batista de Melo Bastos (ex-presidente da Associação dos Empregados do Basa). Para a diretoria de Crédito, a pedido do Sindicato dos Bancários do Pará, Milton Cordeiro (funcionário de carreira e ex-diretor da Associação
dos Empregados do Basa).
O senador José Sarney (PMDB-AP) indicou Evandro Bessa para a
Diretoria Financeira. Bessa é ex-presidente do Banco do Estado do
Maranhão e fez carreira no BNH
(Banco Nacional de Habitação).
O governador de Tocantins,
Marcelo Miranda (PFL), indicou
José Carlos Rodrigues Bezerra para a Diretoria de Suporte de Negócios. Ele é ex-gerente executivo do
Banco do Estado de Tocantins.
O governador Blairo Maggi
(PPS) indicou Francisco Serafim
Barros para a Diretoria Administrativa. Barros é funcionário de
carreira e ex-diretor executivo do
Banco do Estado do Mato Grosso.
PT preside BNB
Assim como em outras instituições públicas federais, o BNB
(Banco do Nordeste do Brasil)
também serviu para alocar petistas e outros políticos derrotados
nas últimas eleições. Dos seis diretores nomeados, três têm vínculos
político-partidários, que passam
pelo PT, pelo PMDB e pelo PPS.
É dos petistas o cargo mais importante, a presidência do BNB,
comandada pelo economista Roberto Smith, militante do PT desde a fundação do partido.
Entre os políticos derrotados
em eleições passadas alocados em
cargos de direção no banco, está
outro petista, Pedro Eugênio de
Castro Toledo Cabral, de Pernambuco, atual diretor de Gestão
do Desenvolvimento do BNB. Ele
é suplente de deputado.
Ex-deputado federal e estadual,
Cabral, porém, tem experiência
em finanças e sua nomeação foi
também atribuída a critérios técnicos. Ele é economista e professor do Departamento de Economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e chegou a
ser secretário da Fazenda durante
o terceiro mandato do ex-governador Miguel Arraes (PSB).
O menos experiente em bancos
indicado a uma diretoria do BNB
é o ex-governador da Paraíba Roberto Paulino (PMDB), derrotado
no segundo turno da última eleição ao governo do Estado. Sua
nomeação foi confirmada em junho, para chefiar a diretoria de assuntos estratégicos do BNB.
Ao mesmo tempo em que satisfez o PMDB com a nomeação, o
presidente Lula pagou uma dívida
de gratidão: Paulino e outro nome
forte do PMDB paraibano, o senador José Maranhão, romperam
com o PMDB na eleição passada
para apoiar o petista à presidência, em detrimento ao candidato
do partido, José Serra (PSDB).
Dos seis diretores, o nome considerado mais técnico é o do ex-superintendente do Banco do
Brasil, Francisco de Assis Germano Arruda, que assumiu a diretoria de negócios e gestão de pessoas. Foi indicado por Antônio
Palocci Filho (Fazenda).
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