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PERFIL
Novo cardeal é considerado conservador
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Com a nomeação do arcebispo do Rio, d. Eusébio Oscar Scheid, o Brasil passa a
ter sete cardeais no Colégio
Cardinalício do Vaticano.
Os outros cardeais brasileiros são o arcebispo emérito do Rio, d. Eugenio Sales, o
arcebispo de São Paulo, d.
Cláudio Hummes, o arcebispo emérito de São Paulo, d.
Paulo Evaristo Arns, o arcebispo de Aparecida (SP), d.
Aloisio Lorscheider, o arcebispo de Brasília, d. José Falcão, e o arcebispo de Salvador, d. Geraldo Magela.
Nascido em Luzerna (SC),
d. Eusébio formou-se em filosofia e teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana
de Roma, na Itália.
Foi transferido para a Arquidiocese do Rio em 2001,
após ter sido, por dez anos,
arcebispo de Florianópolis.
Risonho e brincalhão segundo os fiéis, d. Eusébio defende a participação do cidadão na vida política, mas
afirma que a religião não pode ser usada para tirar proveitos políticos. Considerado conservador, já defendeu
a despenalização das drogas.
Fanático por futebol, no Rio,
torce pelo Bangu.
Em entrevista à Folha após
ser nomeado arcebispo do
Rio, afirmou que o principal
problema do país é a desigualdade social. D. Eusébio
citou também a violência,
principalmente associada ao
narcotráfico, a morosidade
da Justiça e o pessimismo cívico e político.
Ele se definiu como um
crítico tanto do socialismo
quanto do capitalismo: "No
meu entender, a única via é a
da solidariedade".
O arcebispo escreveu dois
livros sobre a família: "Preparação para o Casamento e
a Vida Familiar" e "Introdução à Pastoral Familiar".
Colaborou a France Presse
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