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CNBB critica falta de discussões de metas de governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A cúpula da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) demonstrou ontem
preocupação diante das denúncias de corrupção no país e do
caso do dossiê contra candidatos tucanos negociado por petistas. Criticou, porém, a falta
de debate sobre programas de
governo dos candidatos.
O presidente da entidade,
dom Geraldo Majella Agnelo,
disse não esperar que a situação melhore em pouco tempo.
"Não é um clima sereno. Lamentamos que se multiplicam
acusações de corrupção. Isso
não contribui para a saúde política no Brasil. É uma preocupação grande. A gente não pode
olhar o futuro próximo como
sendo tão tranqüilo", afirmou.
Em seguida, completou: "Todo clima eleitoral é um pouco
quente. Muitas vezes se travam
combates feitos de verdades e,
quem sabe, artimanhas para
confundir o eleitorado. Gostaríamos que fossem apresentados programas de governo".
Lembrando que denúncias
existem desde o descobrimento do Brasil, dom Geraldo disse
que agora "parece que o tempo
é dominado pela corrupção e
que assume proporções incríveis". "Nos dá uma perplexidade muito grande."
Já o vice-presidente da
CNBB, dom Antonio Celso de
Queirós, cobrou mais uma vez a
discussão de programas de governo. "O mais lamentável da
situação que vivemos é, ao invés de discutir eleições, programas de governo, discutimos
episódios." Para ele, o combate
à corrupção precisa ser feito
também fora do clima eleitoral.
"Não estamos de olhos fechados para episódios recentes de
corrupção, mas também não
estamos de olhos fechados para
perceber que a dimensão dela é
bem maior do que (...), três ou
quatro acontecimentos que
possam ser usados em campanha eleitoral. Já houve até golpe de Estado sob o pretexto de
combater a corrupção."
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