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STF
Ministro reconheceu ter errado
Marco Aurélio ainda pode ser alvo de ação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Qualquer eleitor poderá pedir
ao Senado que abra processo de
impeachment contra o presidente
do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Marco Aurélio de
Mello, por causa da atuação dele
no caso da libertação de militar
acusado de tráfico internacional.
O recuo de Marco Aurélio, que
reconheceu ter errado, não elimina o risco de uma denúncia ao Senado. Um dos crimes de ministros do STF previstos na lei sobre
crimes de responsabilidade, a Lei
do Impeachment, de 1950, encaixa-se ao caso: "alterar, por quaisquer formas, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do tribunal". A pena prevista é a perda do cargo e o
impedimento de exercer função
pública por até cinco anos. A Lei
do Impeachment foi aplicada
contra o ex-presidente Fernando
Collor, primo de Marco Aurélio.
A existência das condições formais para a denúncia não significa que um eventual processo de
impeachment irá prosperar. No
plano político, o recuo de Marco
Aurélio e o reconhecimento do
erro podem reduzir seu desgaste.
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