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Bush telefona ao presidente eleito e cita as "boas relações" com o país
CYNARA MENEZES
FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL
MÁRCIO AITH
DE WASHINGTON
Em telefonema ontem para
cumprimentar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente norte-americano, George
Bush, destacou as "boas relações"
dos Estados Unidos com o Brasil.
A conversa entre os dois durou
cerca de 15 minutos. Bush telefonou a Lula por volta das 15h30
(horário de Brasília), a bordo do
"Air Force One", avião presidencial dos Estados Unidos.
"O presidente disse para Da Silva que estamos aguardando ansiosamente para trabalhar com o
Brasil; que consideramos nossas
relações com o Brasil como sendo
boas; que o Brasil tem sido um líder nos esforços no hemisfério
em direção à democracia, à boa
governança e ao comércio livre",
afirmou, em nota, o porta-voz
norte-americano, Ari Fleischer.
Bush, no avião, era traduzido
para o português por um intérprete que estava na Casa Branca.
Lula, falando por um viva-voz,
também tinha o seu intérprete,
Sérgio Ferreira.
Na nota, Fleischer afirma, sobre
a relação entre os dois países: "Temos relações excelentes e dividimos muitos interesses e objetivos
mútuos. Os EUA apreciam a amizade e a boa relação que estabelecemos com o presidente Fernando Henrique Cardoso".
Segundo Marco Aurélio Garcia,
secretário de Cultura da Prefeitura de São Paulo, a conversa foi
"cordialíssima". "Melhor do que
isso, impossível."
Lula também falou com chefes
de Estado de língua espanhola.
Eduardo Duhalde, da Argentina,
e Ricardo Lagos, do Chile, o convidaram para visitar seus países
antes da posse. Disse que iria -e
é possível que vá aos EUA ainda
neste ano. Jorge Battle, do Uruguai, também telefonou.
O primeiro-ministro do Canadá, Jean Chrétien, teria comentado esperar que, "de agora em
diante", os conflitos na área aeronáutica -referência à disputa comercial entre a brasileira Embraer
e a canadense Bombardier- "sejam resolvidos pela negociação".
O premiê inglês, Tony Blair,
também telefonou ao petista. Lula
destacou o papel de FHC na transição, e Blair disse que isso o fazia
"feliz" porque é "muito amigo"
do atual presidente.
Ao sul-africano Thabo Mbeki, o
presidente eleito falou da importância do fortalecimento das relações com os países africanos.
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