São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 2002

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Empresários dizem estar prontos para discutir reformas com petista

DA REPORTAGEM LOCAL

Nas diversas felicitações enviadas para Luiz Inácio Lula da Silva, alguns empresários e representantes de entidades aproveitaram para indicar ao presidente eleito quais serão suas reivindicações. As principais são a realização das reformas previdenciária, fiscal e tributária, e que a indústria tenha igualdade de condições com os concorrentes internacionais.
"O governo Lula deve priorizar a produção, os empregos, os investimentos, dando ênfase para economia real e isonomia com os concorrentes no mercado mundial", disse Paulo Skaf, presidente da Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção.
Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), chamou a estabilização do governo FHC de "louvável, mas incompleta pelos altíssimos juros as necessidades de recursos externos".
Piva disse que a Fiesp não irá abrir mão do seu papel como órgão de pressão, mas que está consciente do momento que o Brasil está passando e portanto está "cerrando fileiras" com Lula.
As entidades também colocaram-se a disposição para discutir a transição e as reformas, além de ressaltar que o novo governo deve aproveitar o momento político favorável para implementá-las.
"Vamos oferecer propostas e também dividir responsabilidades", disse o presidente da Fiesp, ressaltando que a oposição deveria "desarmar seus espíritos".
Segundo o deputado Armando Nogueira Neto (PMDB-PE), presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), governo e empresários deveriam começar a discutir os pontos em que há poucas divergências, como a desoneração das exportações e a eliminação de impostos cumulativos.



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