Em comparação aos periódicos norte-americanos, a imprensa européia abordou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em tom menos pessimista, ressaltando a "virada à esquerda" e a "vitória convincente".
O "El País", principal jornal espanhol, destacou na primeira página o resultado: "Lula dará prioridade à luta contra a inflação para sair da crise". O diário afirmou que Lula promete austeridade para cumprir os compromissos internacionais.
O diário francês "Le Monde" publicou notícia sobre as eleições no alto da primeira página. "Brasil: eleição de Lula suscita a esperança popular", diz.
O "Libération", jornal de centro-esquerda, dedicou duas páginas às eleições, apresentando desafios do próximo governo.
O diário italiano "Corriere della Sera" repercutiu o pleito com o escritor Paulo Coelho e com o presidente da Pirelli e da Telecom-Tim no Brasil, para quem o resultado será "rapidamente digerido pelos mercados e operadores econômicos".
A revista liberal britânica "Economist" indaga o que Lula fará agora, uma vez eleito. Reconhecendo que o petista obteve uma "vitória convincente", a publicação afirma que ele será puxado pelos eleitores cobrando suas promessas eleitorais e, de outro lado, por investidores e o FMI.
Entre os jornais britânicos, o "Independent" apontou o Brasil como "à beira de uma nova era", destacando a enorme votação obtida pelo petista.
O "Guardian", diário de centro-esquerda e crítico da "Terceira Via" do primeiro-ministro britânico, aproveita a eleição para criticar Tony Blair.
"Imagine um primeiro-ministro que faz sua primeira visita à quarta maior democracia do mundo e se recusa a encontrar-se com o líder da oposição", começa o texto, referindo-se à visita de Blair ao Brasil no ano passado.



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