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Comissão do
Senado deve
votar texto hoje
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relatório da reforma tributária, assinado pelo senador
Romero Jucá (PMDB-RR), deve ser votado hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Na oposição,
PSDB e PFL apresentarão propostas paralelas (voto em separado), mas a tendência é que
seja aprovado o texto-base de
Jucá, pois o governo conta com
14 dos 23 votos, deixando para
a próxima semana a apreciação
dos destaques.
Até o fechamento desta edição, havia cerca de 70 matérias
para as quais os senadores pediram voto em separado. "Sou
o maior "papa-emendas" deste
Senado", declarou ontem Jucá,
em referência à sua disposição
de contemplar, até o último
momento, as propostas feitas
pelos colegas.
O relator, no entanto, não esperava resolver um dos principais impasses da reforma: a
forma de distribuição -se como investimento da União nos
Estados ou a título de empréstimo à iniciativa privada- dos
R$ 2 bilhões que vão compor o
caixa do futuro Fundo de Desenvolvimento Regional.
Tentando uma saída na base
do meio-termo, o relatório de
Jucá, que trata os recursos como linhas de financiamento,
transfere para legislação complementar um percentual do
Orçamento a ser definido para
fomentar o desenvolvimento
das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste do país.
Separados
O voto em separado do PFL,
cujo relator é o senador Rodolpho Tourinho (BA), irá propor
que seja fixado na Constituição
o teto de 35% para a carga tributária, tornando sem efeito
medidas que, na cesta de impostos, comprometam esse
percentual.
A proposta tucana será apresentada por Tasso Jeireissati
(CE), que defenderá a limitação, aos dois próximos anos, da
cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) na base
de 0,38% sobre as transações financeiras. No relatório de Jucá,
essa fonte de receita é assegurada até o final do mandato do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
(ANDRÉA MICHAEL)
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